Mesmo com elevação de preços , feijão continua na lista de compras. Consumidor reduz supérfluos mas mantém feijão
O analista de mercado da Correpar, Marcelo Lüders, reuniu-se ontem com representantes das associações de bares, restaurantes e supermercados, em três reuniões, discutindo a possibilidade de outros tipos de feijão sendo divulgados e, assim, diversificando a produção por parte dos produtores.
Com os representantes da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), antes que as sugestões fossem colocadas na mesa, partiu deles que a diversificação pode aumentar o consumo de feijão no Brasil. Segundo Lüders, eles estão dispostos a divulgar essa diversificação do feijão, uma vez que este é um produto de apelo social muito grande.
Foram divulgadas ainda informações vitais para os produtores sobre os comportamentos do consumidor que, quando o feijão subiu para R$13 a R$14, a primeira opção foi substituir para outros tipos de feijão. Houve, ainda, um corte de coisas supérfluas no carrinho dos consumidores para priorizar a compra do feijão.
Diversos produtores, no dia de ontem, enviaram fotos mostrando que o repasse da última semana já ocorreu em algumas redes, com o feijão aparecendo nas gôndolas com preços entre R$7 a R$8. Na reunião com os representantes, foi destacada também a necessidade de mostrar o que ocorre no mercado do feijão ao consumidor para que os preços sejam conhecidos e justificados para a população.
Nesta semana, o comportamento dos preços pagos ao produtor teve uma alteração, devido ao posicionamento dos compradores. Assim, o feijão começou a receber ofertas a partir de R$250. Segundo Lüders, os produtores apostam, entretanto, que os preços devem ser maiores, uma vez que há previsão de chuvas para o Paraná.
Assim, o feijão carioca tem um cenário estável, com a possibilidade ainda de alguma melhora. Para o feijão preto, o caso é diferente: o volume esperado no Paraná não irá existir e a Argentina não irá competir no mercado brasileiro tendo em vista o preço, que não está competitivo. As ofertas para o feijão de melhor qualidade chega a R$170 e dificilmente o feijão argentino deve chegar abaixo desse valor. Os produtores de feijão preto possuem a oportunidade de segurar seu produto e armazenar.
Fórum Nacional de Feijão e Pulses
Faltando menos de um mês para a realização, as inscrições superam o número esperado pelos organizadores do evento. De acordo com Lüders, não só o conteúdo é valorizado, mas também o networking com outros produtores, criando contatos para que estes produtores não troquem apenas informações técnicas, mas também de mercado.
A novidade da semana é um protocolo de acordo para facilitar a venda de feijão caupi para a Índia. Essas novidades serão divulgadas no Fórum.
Para mais informações, acesse: www.forumfeijao.com.br
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