Em Cruz Alta (RS), chuvas beneficiam e lavouras de soja apresentam boas condições
Ao contrário de outras localidades pelo país, em Cruz Alta (RS) as chuvas têm aparecido e beneficiado as lavouras de soja. No momento, grande parte das plantas está em fase de formação de vagens e a expectativa é de uma produtividade ao redor de 60 sacas de oleaginosa por hectare.
Segundo o presidente do Sindicato Rural do município, Airton Carlos Becker, as precipitações acima da média, especialmente durante o mês de janeiro e o calor, tem contribuído para o desenvolvimento da cultura. “Porém, os agricultores já aumentaram os tratos culturais, diminuindo os intervalos das aplicações para prevenir o aparecimento das doenças”, destaca.
E depois das preocupações da safra anterior, o presidente sinaliza que, os agricultores conseguiram controlar a lagarta Helicoverpa, com aplicação de inseticidas fisiológicos. E, por enquanto, as pragas e doenças, não têm ocasionado prejuízo aos produtores da localidade.
Comercialização
Já os preços da soja giram em torno de R$ 58,00 a R$ 59,00 em Cruz Alta, valor bem abaixo do registrado no ano anterior, de R$ 70,00 a saca. “Os valores estão aquém do esperado pelos produtores. Temos vários fatores, a queda do dólar, a desvalorização das cotações no mercado internacional, aumento nos combustíveis, os custos estão bem mais altos nessa safra. Esperamos que a produtividade das plantas possam nos compensar”, acredita Becker.
Milho
Na localidade, os produtores também investiram na cultura do milho na safra de verão. E com a colheita em andamento, o presidente explica que, nas áreas irrigadas, a produtividade das plantações está abaixo do esperado. As plantas sofreram com o calor excessivo do mês de dezembro e agora registram rendimento entre 160 a 170 sacas de milho por hectare, contra 220 a 230 sacas por hectare estimadas inicialmente.
“Nas áreas de sequeiro, a produtividade está próxima de 150 sacas de milho por hectare, mas os custos são bem menores em comparação com as áreas irrigadas. No momento, o valor da saca de milho é de R$ 24,00, mas já tivemos valores entre R$ 27,00 a R$ 28,00. Esperamos que com a redução da área plantada, possamos retornar aos patamares mais elevados”, diz Becker.
Trigo
No caso do trigo, ainda não há estimativas ao certo em relação à próxima safra de inverno. Isso porque com a quebra expressiva da safra anterior desestimulou os produtores rurais. Frente ao excesso de chuvas, o trigo perdeu em qualidade e produtividade. Consequentemente, já há especulações sobre uma possível redução na área cultivada com o cereal na próxima safra, com isso, os produtores poderiam investir em canola ou aveia branca.
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