Cooxupé: “Produtor deve focar no preço de produção para reduzir custos”
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O presidente da Cooxupé Carlos Alberto Paulino da Costa; o vice-presidente da cooperativa, Carlos Augusto Rodrigues de Melo; e o superintendente de Desenvolvimento do Cooperado, José Eduardo Santos Júnior, falaram com jornalistas de veículos locais, nacionais e internacionais durante coletiva de imprensa na FEMAGRI 2019. A preocupação com o mercado cafeeiro conturbado deu o tom da conversa.
Economia Liberal
A Femagri 2019 acontece em um período de transição de governos estadual e federal. A proposta de uma economia liberal, defendida pelo Ministro Paulo Guedes, não deve interferir no mercado cafeeiro. “O café brasileiro é o mais competitivo, o que falta ao café brasileiro é a imagem, o marketing. Colômbia conseguiu mostrar que o café deles tem mais qualidade. O liberalismo brasileiro não perturba o café brasileiro. O que perturba são os juros altos, as leis ambientais avançadas e as rodovias que não são adequadas”, explicou o presidente da cooperativa.
Competitividade
Cada um tem que procurar melhorar a sua gestão. A 'briga' não é contra o Espírito Santo, é contra o Vietnã, Indonésia e Colômbia.
Cafés especiais e Marketing
O marketing do café brasileiro também foi abordado durante a coletiva. Para a diretoria da cooperativa, o café brasileiro possui qualidade reconhecida no mercado internacional. “Precisamos trabalhar e acabar com a celeuma de marketing”, ressaltou o vice-presidente Carlos Augusto. A cooperativa pretende organizar concurso de qualidade de cafés pela SMC, empresa de comercialização em cafés especiais da Cooxupé.
A Cooxupé divulgou o “Especialíssimo”, programa de cafés especiais. Os cafés selecionados através do programa poderão ganhar prêmios e ainda compor o blend do Café Safra Especial 2019. “Isso vem para colaborar para o café brasileiro deixe de ser commodity para ser um produto melhor a cada dia”, disse Carlos Augusto.
Segundo a cooperativa, dentre os blends apreciados pelo mercado consumidor, os cafés produzidos no Cerrado e no Sul de Minas são os mais procurados pelo mercado consumidor.
Mercado
A situação atual do mercado cafeeiro também esteve na pauta da coletiva. O preço de mercado de R$395 para a saca de 60kg está bem próximo do custo de produção dos cafeicultores. Para aumentar o lucro, a cooperativa orienta o produtor a focalizar na redução dos custos de produção e a mecanização pode ser alternativa. “Vamos procurar ferramentas para tornar o nosso café competitivo e dar condições para o produtor mesmo com este valor da saca de café”, explica o vice-presidente. Já para o presidente Carlos Paulino, o produtor tem que ser competitivo. “Cada um tem que procurar melhorar a sua gestão. A briga não é contra o Espírito Santo, é contra o Vietnã, Indonésia e Colômbia”.
Clima
Antes do início a FEMAGRI, a cooperativa ressaltou a importância das chuvas nos meses de fevereiro e março para a maturação do grão do café. Mas o superintendente de desenvolvimento do Cooperado, José Eduardo Santos Júnior ressalta que a temperatura pode ser decisiva para a safra. “Faltou chuva, mas o armazenamento de água no solo foi bom. O fator relevante é a temperatura, que foi acima do normal”, ponderou Júnior.
Tecnologia Digital
O tema da Femagri deste ano é “Tecnologia Digital gerando valor a cafeicultura”, entretanto o acesso à internet na zona rural ainda enfrenta obstáculos. “Nós vamos procurar entrar nesse segmento agora, verificar equipamentos de baixo custo e prover por meio de linha de crédito esse acesso”, afirmou o superintendente.
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