Demanda por carnes esfria e interrompe movimento de alta da arroba do boi que vinha sendo verificado desde final de novembro
Depois de um período de demanda aquecida desde metade de novembro e início de dezembro, o mercado do boi conta com esse lado da balança mais "frio" a partir de agora. É o que destaca Douglas Coelho, da Radar Investimentos, em entrevista ao Notícias Agrícolas.
Como conta Coelho, é observada uma dificuldade por parte dos frigoríficos de impor cotações mais altas para o varejo e de colocar carnes como acém, paleta e peito no mercado, que vem dando preferência para os cortes do quadril. Assim, a perspectiva é de que esta semana termine com menos negócios do que na anterior.
As proteínas alternativas também competem diretamente com a carne bovina no mercado, com destaque especial para o suíno, que teve uma queda expressiva no atacado. Ele salienta ainda que, embora o décimo terceiro tenha auxiliado no poder aquisitivo dos consumidores, a renda disponível da população não é capaz de reverter os quadros de consumo.
Hoje, o boi gordo gira em torno de R$148/@ a R$149/@, à vista e bruto, no estado de São Paulo. No começo da semana foram vistos negócios de até R$150/@. O final do ano deve trazer calma ao mercado, já que muitos compradores e vendedores saem do negócio.
Para o início de 2018, Coelho visualiza que a renda disponível da população deve continuar comprometida. Contudo, o mercado do boi deve voltar aos seus fundamentos a partir de fevereiro, se tudo caminhar dentro da normalidade.
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