Exportações de carne bovina recuam forte em outubro com quedas de quase 30% em relação ao mesmo período do ano passado
Além da dificuldade de escoamento da produção no mercado interno, em outubro também poderemos ver as exportações derrapando.
Com base na média diária alcançada até terceira semana, a Consultoria Radar Investimentos estima que os embarques em outubro tem potencial de 77,3 mil toneladas. Esse volume corresponderia a uma queda de 16,9% frente ao mês anterior e 28,8% abaixo do volume exportado no mesmo período de 2015.
Para o analista da Consultoria, Douglas Coelho, caso este montante seja confirmado indicaria um desempenho fraco para as exportações nacionais de carne bovina, “podendo influenciar diretamente na dinâmica do mercado interno”, destaca.
A explicação principal para esse cenário de baixa dos embarques [contrário ao movimento típico do mercado para o período] é o recuo na taxa de câmbio. Atualmente cotado a R$ 3,12, na média, o dólar em queda vem reduzindo o ímpeto de compra pela carne brasileira.
No atacado nacional as cotações da carne bovina também não se sustentam pela dificuldade de venda do varejo. Com isso, “a indústria é pressionada e natural também pressionam os pecuaristas”, completa Coelho.
Em São Paulo desde o final da última semana já foi possível observar tentativas de redução nos preços da arroba, que atualmente são negociados na média de R$ 150,00/@ na média. Paralelamente, as escalas de abate atendem de cinco a seis dias úteis.
Do lado da oferta, Coelho afirma que o volume de animais de cocho ainda deve compor as escalas até meados de novembro. Porém "previsões de chuvas para os próximos dias em São Paulo podem atrapalhar o ganho de peso e o manejo, obrigando produtores à entregarem animais".
O incentivar a entrega de boiadas, ao passo que a demanda [mesmo de início de mês] não vem reagindo como esperado, deve colaborar para um período de pressão de baixa na arroba.
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