Grupo dos EUA entra com petição contra importações de biodiesel da Argentina e Indonésia
(Reuters) - Um grupo da indústria de produtores de biodiesel dos Estados Unidos apresentou petição ao governo dos EUA nesta quinta-feira na qual pede que sejam impostas medidas antidumping e compensatórias sobre as importações de biodiesel da Argentina e da Indonésia-- que, segundo o grupo, inundaram o mercado dos EUA e violaram acordos comerciais.
O Conselho Nacional de Biodiesel apresentou a petição ao Departamento de Comércio e à Comissão de Comércio Internacional do EUA em nome de produtores de biodiesel do país, que têm sido impactados por crescentes importações do biocombustível nos últimos anos, disse o grupo em nota.
O movimento ocorre após anos de crescentes tensões entre produtores dos EUA e estrangeiros. As importações de biodiesel da Argentina e Indonésia subiram 464 por cento de 2014 a 2016, e representam agora cerca de 18 por cento de participação de mercado, disse o conselho, que acusa "atividades de comércio ilegais".
As importações totais dos EUA subiram para um recorde de 916 milhões de galões (3,5 bilhões de litros) em 2016, segundo um relatório do governo dos EUA publicado nesta semana, representando uma proporção cada vez maior dos 2 bilhões de galões de demanda norte-americana pelo combustível.
"Nossa meta é criar um ambiente equilibrado para que mercados, consumidores e distribuidores tenham acesso aos benefícios de uma verdadeira e justa competição", disse o presidente do Conselho, Donnell Rehagen.
O Departamento de Comércio dos EUA e os ministérios argentinos de Agricultura e Relações Exteriores não responderam imediatamente às solicitações de comentários.
O Ministério de Produção da Argentina, que inclui a secretaria de comércio internacional, ressaltou que o pleito vem do setor privado. "Isso não significa que o governo vai aplicar a medida", disse o porta-voz da pasta, Gaston Sandler.
O Conselho Nacional de Biodiesel tem procurado impedir as importações desde que a Agência de Proteção Ambiental dos EUA em 2015 tornou mais fácil a qualificação de fornecedores estrangeiros para uso no programa de combustíveis renováveis norte-americano.
(Por Christine Prentice e Michael Hirtzer; reportagem adicional de Luc Cohen)
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