T&D: Chicago tem nova explosão de preços altos, com chuvas sumindo dos radares. Já o dólar...
Dólar fecha em queda de 0,93%, a R$ 5,037, com otimismo em curso no Brasil
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou numa mínima em um ano nesta sexta-feira, quando engatou terceiro pregão de firme queda que levou a cotação à casa de 5,03 reais, com o câmbio repercutindo um rali global de ativos de risco que intensifica nos negócios o efeito do otimismo em curso sobre o Brasil.
O movimento global pró-risco foi deflagrado por dados mais fracos do mercado de trabalho dos Estados Unidos, os quais esfriarem expectativas de que o banco central dos EUA retire estímulos de forma precoce. Mantidos esses estímulos, mantém-se a liquidez farta que pode fluir para mercados emergentes como o Brasil.
O dólar à vista caiu 0,93%, a 5,037 reais na venda. É o menor patamar desde 10 de junho de 2020 (4,9398 reais).
A divisa oscilou durante a sessão de 5,109 reais (+0,49%) a 5,033 reais (-1,01%).
Na semana, o dólar perdeu 3,41% --a segunda consecutiva de queda e mais intensa desde a semana finda em 7 de maio (-3,75%). Em junho, a moeda recua 3,61%, aprofundando a queda em 2021 para 2,98%.
Outros mercados também reagiram bem. O Ibovespa chegou a superar os 130 mil pontos e, mesmo fechando abaixo dessa linha, cravou novo recorde (segundo dados preliminares). Os juros futuros chegaram ao fim da sessão em queda de 10 pontos-base. Em Nova York, Wall Street teve um rali, com os índices muito perto de máximas históricas.
Ibovespa fecha em alta de 0,25%, após dado de empregos nos EUA
SÃO PAULO (Reuters) - A expectativa de prolongamento da elevada liquidez global manteve os investidores na ponta compradora de ações na bolsa paulista, cujo principal índice cravou a sétima alta seguida nesta sexta-feira, para nova máxima histórica.
De acordo com dados preliminares, o Ibovespa fechou em alta de 0,25%, a 129.926,51 pontos, após ter chegado a superar os 130 mil pontos durante o pregão. O giro financeiro do dia somou 30,6 bilhões de reais.
Petróleo Brent tem máxima de dois anos com decisão da Opep+ e expectativa de demanda
NOVA YORK (Reuters) - O petróleo ampliou os ganhos nesta sexta-feira, com o Brent, referência global, atingindo 72 dólares o barril pela primeira vez desde 2019 em meio à disciplina da Opep+ na oferta e à recuperação da demanda, que compensaram preocupações com o ritmo desigual da vacinação contra Covid-19 ao redor do mundo.
A Organização de Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, conhecidos como Opep+, afirmaram nesta terça-feira que manterão seu acordo de restrição de oferta.
Um relatório semanal sobre oferta mostrou na quinta-feira que os estoques de petróleo dos EUA caíram mais que o esperado na semana passada. [EIA/S]
Os preços aumentaram a alta após dados dos EUA mostrando crescimento dos empregos fora do setor agrícola em 559 mil vagas no mês passado. O dólar perdeu força com o relatório, o que torna o petróleo mais barato para detentores de outras moedas e apoia suas cotações.
O petróleo Brent avançou 58 centavos, ou 0,8%, para fechar em 71,89 dólares o barril, após atingir 72,17 dólares, a máxima desde maio de 2019.
O petróleo dos EUA (WTI) subiu 81 centavos, ou 1,2% para encerrar a 69,62 dólares. A máxima da sessão foi de 69,76 dólares, maior nível desde outubro de 2018.
Os preços do petróleo também foram apoiados pela informação de que empresas de energia dos EUA cortaram nesta semana o número de plataforma de óleo e gás natural operacionais, pela primeira vez em seis semanas, segundo dados da empresa de serviços do setor Baker Hughes.
"Após muito tempo, o petróleo aparenta ter encontrado um novo lar acima dos 70 dólares", afirmou o corretor de petróleo PVM, Stephen Brennock. "O verão e abertura da economia global são altistas para a demanda por petróleo na segunda metade do ano".
O Brent avançou cerca de 3% na semana, enquanto o petróleo dos EUA obteve ganhos de quase 5%. É a segunda semana de ganhos para ambos os contratos.
Uma desaceleração nas negociações entre os Estados Unidos e o Irã sobre o programa nuclear dos iranianos também impulsionou o petróleo nesta semana, ao reduzir expectativas de um retorno da oferta do país islâmico ao mercado.
Fundos de hedge com foco em commodities voltam à moda após anos sem brilho
TORONTO (Reuters) - Fundos de hedge focados em commodities geraram fortes retornos em 2021, e investidores que há muito adotavam cautela quanto a essas opções estão agora colocando dinheiro neles, apostando que a recuperação da pandemia aumentará a demanda por petróleo e gás, matérias-primas de metais, grãos e produtos como açúcar e café.
Embora muitos aportes venham sendo direcionados a outros investimentos ligados a commodities, os fundos de hedge são uma escolha mais surpreendente, após anos de retiradas de recursos por investidores desses fundos que levaram ao fechamento de diversas empresas que atuavam no ramo.
Entre os fundos emplacando grandes ganhos este ano estão os administrados pelo famoso investidor do setor de petróleo Pierre Andurand. Seus fundos de commodities fizeram 27% no ano até o fim de maio, enquanto seu fundo discricionário rendeu 33%, disse à Reuters uma pessoa com conhecimento do assunto nesta quarta-feira.
A Odey Asset Management, com sede no Reino Unido, fez 10,7% no mesmo período de tempo com seu fundo de ações long-short que aposta no segmento de commodities. Já a Westbeck Capital Management, também do Reino Unido, gerou ganhos de 75% no ano até 2 de junho.
A Auspice Capital, fundo focado em commodities controlado por computador, obteve retornos de 17,7%, com o rali dos metais, café e açúcar contribuindo para o resultado, de acordo com uma carta preliminar a investidores vista pela Reuters.
"A tendência altista segue intacta para o complexo de commodities como um todo", disse o co-fundador da Westbeck, Jean-Louis Le Mee. "Nós acreditamos que o petróleo está prestes a disparar e o complexo de commodities deve atingir novas máximas nesse ciclo".
Os fundos de hedge de commodities tiveram desempenho positivo de 6,5% em abril, contra retornos médios de 2,5% dos fundos de hegde em geral, de acordo com os dados mais recentes da eVestment.
Esses fundos utilizam diversas estratégias, apostando em tudo, desde commodities puras até ações e dívidas de empresas.
Cerca de 492 milhões de dólares foram aportados em fundos de hedge de commodities nos primeiros três meses de 2021, mais que metade do fluxo visto no ano passado, após o setor ter registrado um recorde de saída de recursos de 9,8 bilhões de dólares entre 2016 e 2019, segundo a Hedge Fund Research.
Embora dados recentes da comissão de negociação de commodities (CFTC) dos Estados Unidos mostrem redução nas apostas altistas de gestores de recursos nas commodities, fundos de hedge com foco em produtos do gás natural a grãos e cobre dizem que o momento positivo deve continuar.
"Quando você olha para as posições de quase todo grande fundo de hedge, você pode ver que todos estão acordando e dizendo que as commodities podem ter um ciclo longo. Como aproveitamos isso?", disse Troy Gayeski, sócio do fundo de hedge SkyBridge Capital, com sede nos EUA e que tem 7,5 bilhões de dólares sob sua gestão.
Risco hidrológico é conjuntural e estrutural, diz Sachsida
BRASÍLIA (Reuters) - O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, afirmou nesta sexta-feira que o risco hidrológico que o Brasil vivencia atualmente decorre de fatores conjunturais e estruturais e voltou a reforçar a necessidade de privatização da Eletrobras como forma de contornar, futuramente, um cenário adverso no setor elétrico.
Sachsida afirmou que, no âmbito conjuntural, o país vivencia o pior período de volume de chuvas em mais de 90 anos de histórico, o que contribui para o agravamento da crise hídrica.
Ao fim de maio, o Ministério de Minas e Energia relatou que as afluências permanecem abaixo dos valores médios históricos, com a caracterização dos piores montantes verificados para o Sistema Interligado Nacional no período de setembro a maio em 91 anos de histórico.
"Agora, nós temos que ser muito claro. Há dez anos, o PIB (Produto Interno Bruto) per capita brasileiro não cresce. Ainda assim, nós estamos com problema de energia. Então na minha leitura, isso denota um problema estrutural", disse Sachsida em videoconferência promovida pela Secretaria do Planejamento e Gestão do Estado do Ceará.
Dessa forma, de acordo com ele, é "fundamental" que o país aprimore os marcos regulatórios de energia e privatize a Eletrobras, com o objetivo de atrair investimentos privados para o setor e afastar eventuais riscos estruturais.
No início da semana, o ministro da Economia, Paulo Guedes, reconheceu, após o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre do ano, que o crescimento da atividade econômica naturalmente colocará pressão sobre o risco hidrológico que o país vivencia.
CHOQUES NEGATIVOS
Ao comentar a atual conjuntura econômica, em face da pandemia da Covid-19, Sachsida citou choques negativos que o país vivencia da forte retração econômica observada em 2020, em decorrência de fechamento de segmentos da atividade e restrição de locomoção.
Em sua apresentação, citou, por exemplo, choques negativos sobre o capital humano, com perda de anos de estudo afetando a população, principalmente jovens de baixa renda, bem como crianças em anos de alfabetização.
Já na saúde pública, Sachsida mencionou a queda no número de pessoas que realizam exames. Ele disse que dados mostram uma queda de 70% no número de realizações de exames de câncer de mama.
"Então, nós temos aí, uma série de pessoas que estão evitando irem e hospitais, clínicas, fazer tratamentos que deveriam estar sendo feitos. Isso aí, tão logo passe a pandemia, vai começar a aparecer", alertou.
Outros choques, de acordo com Sachsida, podem ser constatados no nível de pobreza, endividamento de famílias, empresas e do próprio governo, bem como o fechamento de empresas.
Vendas antecipadas de soja 21/22 se aproximam de 20% e superam média histórica, diz Safras
SÃO PAULO (Reuters) - A comercialização de soja da nova temporada (2021/22), que será plantada a partir de setembro, alcançou 19,2% da produção estimada, disse a consultoria Safras & Mercado nesta sexta-feira.
As vendas estão atrasadas na comparação com os 35,6% vistos no mesmo período do ano passado, mas acima da média de cinco anos, de 14%, de acordo com os dados.
"Levando-se em conta uma safra hipotética mínima para a temporada --igual a do ano anterior--, Safras estima uma comercialização antecipada de 19,2%, envolvendo 26,29 milhões de toneladas", afirmou a consultoria em nota, ressaltando que a primeira expectativa de produção para o novo ciclo será divulgada em julho.
Para a safra atual, cuja colheita está praticamente encerrada, a comercialização atingiu 75,6% e mostrou lentidão ante os 71,4% registrados no levantamento de maio.
"No período, a comercialização evoluiu pouco e, com isso, o total negociado da safra 20/21 ficou abaixo do percentual de igual período do ano passado (88,7%). Mas segue acima da média para o período (71,5%), devido à elevação consistente dos preços."
Considerando uma safra estimada em 137,19 milhões de toneladas, o total de soja 2020/21 já negociado é de 103,74 milhões de toneladas, acrescentou a consultoria.
Indústria de ração da China não deve se tornar autossuficiente, diz Cargill
(Reuters) - O presidente-executivo da Cargill, David MacLennan, afirmou nesta sexta-feira que é improvável que a indústria de grãos para ração da China se torne autossuficiente, apesar dos esforços do país para aumentar a produção interna.
O aperto nas ofertas domésticas de grãos e a crescente demanda dos produtores de carne suína do país deram impulso a importações recordes de grãos pela China neste ano.
O aumento na demanda por importações ocorre apesar de o governo chinês ter emitido diretrizes para ampliar a produção local de grãos e reformular os conteúdos de rações para suínos e aves, visando reduzir a dependência de milho e soja importados.
"Eu acho que eles percebem uma vantagem comparativa... Cultive e produza o que se ajusta ao seu clima, aos seus recursos naturais, seu solo, sua oferta de água. Eles não têm isso da maneira que nós, o Brasil e a Austrália temos", disse MacLennan em convenção da Associação Nacional de Grãos e Ração dos Estados Unidos.
"Eles precisam depender do comércio", acrescentou.
IHS Markit reduz previsão para safra de milho 2020/21 do Brasil a 88 mi t
(Reuters) - A safra total de milho do Brasil deverá atingir 88 milhões de toneladas em 2020/21, indicou a IHS Markit em documento nesta sexta-feira, reduzindo sua estimativa em 5 milhões de toneladas em meio a uma seca no país.
A empresa também projetou a safra de soja brasileira nesta temporada em 139 milhões de toneladas.
O documento da IHS Markit ainda fixou a produção de milho 2020/21 da Argentina em 47 milhões de toneladas, enquanto a safra de soja do país vizinho deverá alcançar 44,5 milhões de toneladas.
Brasil trabalha para ampliar exportação de alimentos para Rússia, diz Bolsonaro
(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira que o Brasil trabalha para potencializar as exportações de alimentos para a Rússia e demais países da região da Eurásia, em participação por vídeo em fórum econômico organizado pelo presidente russo, Vladimir Putin.
"Nos próximos anos, o Brasil deve consolidar-se como o maior produtor de alimentos... Trabalhamos para potencializar nossas importações de alimentos para o mercado russo e de outros países da região", disse Bolsonaro, durante o Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo.
O presidente lembrou que o Brasil é o principal importador de fertilizantes da Rússia e citou a "complementaridade saudável para ambos os lados" na cadeia de valor do agronegócio, defendendo que o comércio entre os dois países avança em áreas como tecnologia, defesa, espaço e energia e saúde.
"O comércio entre Brasil e Rússia pode e deve incorporar o alto grau de desenvolvimento de nossas economias, de modo a abranger produtos de maior valor agregado em proporções crescentes", afirmou.
Segundo Bolsonaro, o fórum de São Petersburgo é uma oportunidade para se discutir maneiras de se abordar "a tripla urgência de reconstruir a saúde, a economia e a sustentabilidade globais".
Emprego nos EUA acelera em maio, taxa de desocupação cai para 5,8%
WASHINGTON (Reuters) - Os empregadores dos Estados Unidos aumentaram as contratações em maio, à medida que o arrefecimento da pandemia, amparado pelas vacinações, trouxe mais pessoas de volta à força de trabalho, garantindo que a recuperação econômica da recessão causada pela Covid-19 continuasse nos trilhos.
Os postos de trabalho fora do setor agrícola aumentaram em 559 mil no mês passado, disse o Departamento do Trabalho em seu relatório de empregos nesta sexta-feira. Os dados de abril foram revisados ligeiramente para cima para mostrarem aumento de 278 mil novos postos de trabalho, em vez dos 266 mil divulgados anteriormente.
Economistas consultados pela Reuters previam abertura líquida de 650 mil vagas de emprego em maio. A taxa de desemprego caiu para 5,8%, de 6,1% em abril. A taxa de desocupação tem estado subestimada devido a pessoas que se classificam erroneamente como "empregadas, mas ausentes do trabalho".
A contagem inicial de novos postos criados em abril, cerca de um quarto da prevista, levou alguns economistas e investidores a argumentar que o crescimento estava estagnado em um momento em que a inflação subia.
A melhoria da situação de saúde pública e o forte estímulo fiscal estão apoiando a economia. Pelo menos metade da população norte-americana foi totalmente vacinada contra a Covid-19, de acordo com dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) dos EUA.
Isso permitiu que as autoridades de todo o país suspendessem restrições às empresas relacionadas ao vírus, as quais quase paralisaram a economia no início da pandemia.
Mas a reabertura econômica está sobrecarregando a cadeia produtiva.
Uma escassez de trabalhadores é atribuída a problemas no atendimento infantil (incapacidade de creches receberem crianças), a cheques generosos a desempregados e a temores persistentes sobre restrições severas na contratação durante a pandemia.
O número de vagas de trabalho em aberto nos EUA está em um recorde de 8,1 milhões.
Milhões de trabalhadores, principalmente mulheres, permanecem em casa, já que a maioria dos distritos escolares não migrou para o ensino presencial em tempo integral.
Apesar de as vacinas serem amplamente acessíveis, alguns segmentos da população relutam em ser vacinados, o que os especialistas do mercado de trabalho dizem que está desencorajando algumas pessoas a retornar ao trabalho.
Benefícios financiados pelo governo, incluindo subsídio de desemprego de 300 dólares por semana, também estão restringindo as contratações. Governadores republicanos em 25 Estados estão encerrando esse benefício e outros programas de desemprego financiados pelo governo federal para residentes a partir do próximo sábado.
Esses Estados respondem por mais de 40% da força de trabalho. Os benefícios expandidos terminarão no início de setembro em todo o país. Isso, junto a mais pessoas vacinadas e escolas reabrindo totalmente no outono, deve diminuir a escassez de trabalhadores até setembro.
Pessoal acha que com CPI vai derrubar um presidente, diz Bolsonaro ao criticar comissão
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro minimizou os impactos da CPI da Covid do Senado por considerar que não apura desvios de recursos, mas apenas a sua conduta em relação à pandemia, atacou dirigentes da comissão e voltou a defender medicação sem comprovação científica para o tratamento contra o coronavírus, sem citar o nome.
"O pessoal acha que com CPI vai derrubar um presidente. Derrubar por quê? Estão apurando desvio de recurso? Não, né. Até porque o próprio Renan falou que essa CPI não será usada para apurar desvio de recurso. Está apurando o quê? Se eu estou usando máscara ou não?", questionou o presidente, na tradicional live de quinta-feira, referindo-se ao relator da Comissão Parlamentar de Inquérito, senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Renan, e o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), assim como o vice-presidente Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e outros integrantes da comissão críticos ao governo, como o senador Otto Alencar (PSD-BA), foram alvos nominalmente mencionados por Bolsonaro nesta quinta-feira, que chegou a referir-se ao relator como uma "figura desqualificada".
O presidente aproveitou para fazer a defesa de remédio que, embora não tenha eficácia comprovada -- há infectologistas que já falam em ineficácia comprovada -- para o tratamento contra a Covid-19, tem dividido opiniões no meio político e provocado fortes embates na CPI. Bolsonaro chegou a chamar de "canalhas" as pessoas que não defendem o "tratamento imediato".
"Eu não politizei isso aí. Quem politizou é o outro lado. Quem diz para não tomar e não dá alternativas são eles", acusou.
A CPI deve ouvir na próxima terça-feira, pela segunda vez, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Na quarta, é a vez do depoimento do ex-secretario-executivo da pasta Elcio Franco, enquanto na quinta senadores devem ouvir o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), que teve seu depoimento antecipado após operação da Polícia Federal.
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro minimizou os impactos da CPI da Covid do Senado por considerar que não apura desvios de recursos, mas apenas a sua conduta em relação à pandemia, atacou dirigentes da comissão e voltou a defender medicação sem comprovação científica para o tratamento contra o coronavírus, sem citar o nome.
"O pessoal acha que com CPI vai derrubar um presidente. Derrubar por quê? Estão apurando desvio de recurso? Não, né. Até porque o próprio Renan falou que essa CPI não será usada para apurar desvio de recurso. Está apurando o quê? Se eu estou usando máscara ou não?", questionou o presidente, na tradicional live de quinta-feira, referindo-se ao relator da Comissão Parlamentar de Inquérito, senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Renan, e o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), assim como o vice-presidente Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e outros integrantes da comissão críticos ao governo, como o senador Otto Alencar (PSD-BA), foram alvos nominalmente mencionados por Bolsonaro nesta quinta-feira, que chegou a referir-se ao relator como uma "figura desqualificada".
O presidente aproveitou para fazer a defesa de remédio que, embora não tenha eficácia comprovada -- há infectologistas que já falam em ineficácia comprovada -- para o tratamento contra a Covid-19, tem dividido opiniões no meio político e provocado fortes embates na CPI. Bolsonaro chegou a chamar de "canalhas" as pessoas que não defendem o "tratamento imediato".
"Eu não politizei isso aí. Quem politizou é o outro lado. Quem diz para não tomar e não dá alternativas são eles", acusou.
A CPI deve ouvir na próxima terça-feira, pela segunda vez, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Na quarta, é a vez do depoimento do ex-secretario-executivo da pasta Elcio Franco, enquanto na quinta senadores devem ouvir o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), que teve seu depoimento antecipado após operação da Polícia Federal.
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