Tratoraço nele!!! Agricultores paulistas se levantam contra aumento de Doria sobre a cesta básica
Agricultores de SP convocam 'tratoraço' para quinta-feira contra aumento do ICMS
SÃO PAULO (Reuters) - Produtores rurais e entidades paulistas do setor marcaram um "tratoraço" na próxima quinta-feira para protestar contra elevações do ICMS sobre diversos itens e insumos, que devem onerar os custos de produção e potencialmente elevar os preços dos alimentos, combustíveis e até da energia elétrica.
Carreatas de tratores deverão sair simultâneamente de várias cidades paulistas, às 7h, com o objetivo de conseguir o apoio da sociedade civil contra a alta do tributo.
Decretos autorizados pela lei 17.293, promulgada em 15 de outubro de 2020, permitem a cobrança ou a elevação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), com vigência a partir de 1º de janeiro.
Adubos e fertilizantes, milho em grão, farelo de soja, sementes, produtos veterinários, defensivos e rações, por exemplo, passam de isentos para taxa de 4,14%. O óleo diesel e o etanol, que tinham alíquota de 12%, vão para 13,3%, segundo entidades participantes do movimento.
A isenção de energia elétrica, que valia para todas as propriedades rurais, foi limitada até o consumo de 1.000 Kwh/mês.
"Isso vai impactar e muito o poder de compra da população. Já houve o término do auxílio (emergencial) e estamos muito preocupados sobre como vai ser isso", disse à Reuters o presidente do Sindicato Rural de Jaboticabal, Sergio Nakagi, um dos organizadores da manifestação.
Ele disse que, na região de Jaboticabal, produtores de cana-de-açúcar, soja, milho e hortifrúti serão alguns dos afetados.
"As bases não foram consultadas para que o projeto fosse aprovado (na Assembleia Legislativa do Estado) e agora essa cobrança sobre os insumos vai aumentar muito nossos custos de produção", afirmou.
Segundo ele, a mobilização dos produtores que vai desencadear no protesto começou por meio de grupos de WhatsApp em meados de novembro.
O presidente do Sindicato Rural da Alta Noroeste (Siran), Fábio Brancato, disse em nota que a manifestação é apartidária e pacífica, sendo que os organizadores não pretendem fechar vias, nem atrapalhar o trânsito.
"É importante que se diga que esse protesto não tem qualquer relação com política partidária eleitoral, estamos pensando no produtor rural e no cidadão comum, de forma geral", afirmou em comunicado publicado no site do sindicato que representa as cidades de Araçatuba, Santo Antônio do Aracanguá, Guararapes, Nova Luzitânia, Gabriel Monteiro, Gastão Vidigal e Rubiácea --a entidade também é uma das organizadoras do "tratoraço".
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) é a interlocutora da pauta com o governo estadual e tinha um encontro marcado para a última semana de 2020 com o vice-governador, Rodrigo Garcia, mas que foi reagendado após o diagnóstico positivo dele para Covid-19.
A última atualização sobre esta agenda, confirmada pela Faesp nesta segunda-feira, prevê que a reunião ocorra ainda na primeira semana de 2021.
A Faesp disse em nota que "segue empenhada em reverter o aumento no ICMS de insumos e produtos agrícolas promovido pelo governo estadual", destacando que "elevar a tributação na atual conjuntura é inoportuno e prejudicial para a sociedade, pois acarretará custos de produção crescentes e encarecimento no preço dos alimentos para o consumidor final".
A federação disse ainda que apoia, juntamente com seus sindicatos associados, o chamado "tratoraço".
CARNES E OUTROS
Em um comunicado conjunto, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa os setores de aves e suínos, e a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), que atua na área de bovinos, também manifestaram posição contrário ao aumento de imposto.
Eles destacam que o impacto para o consumidor, com aumento de preços, pode chegar a 8,9% nas carnes e 8,4% no leite longa vida. Além disso, também calculam as altas em produtos de outras áreas como têxteis, couros e calçados (7,3%); cadeiras de rodas e equipamentos para deficientes (5%); e medicamentos contra o câncer na rede privada (14%).
"Vale destacar que esses aumentos podem ser muito piores, porque as previsões acima não consideram o aumento da inflação, que em 2020 vai fechar acima de 4%", acrescentaram as associações.
Procurado, o governo paulista não comentou o assunto imediatamente.
Entenda os motivos do Tratoraço (posição da ABIEC/ABPA):
Manifestação contra os aumentos dos impostos sobre a cesta básica
Com a aprovação da Lei 17.293, em outubro deste ano, e a edição dos Decretos 65.253 a 65.255, o governo de João Doria vai aumentar a cobrança de ICMS. Isso vai impactar toda a sociedade paulista, em um momento tão desafiador, marcado por desemprego, pandemia, fim do auxílio emergencial, inflação em alta etc
O governo paulista está irredutível em sua decisão, que vai transferir para a população e para o setor produtivo o rombo nas contas públicas que o próprio governo causou.
Veja exemplos do quanto os preços de alguns itens podem subir para o consumidor:
o Leite longa vida – 8,4%
o Carnes – 8,9%
o Medicamentos para Aids e Câncer na rede privada – 14%
o Cadeira de rodas, próteses e equipamentos para pessoas com deficiência – 5%
o Têxteis, couros e calçados – 7,3%
o Energia elétrica para estabelecimento rural – 13,6%
Vale destacar que esses aumentos podem ser muito piores, porque as previsões acima não consideram a alta da inflação, que em 2020 vai fechar acima de 4%.
Os principais prejudicados serão as famílias mais pobres, porque o preço da cesta básica vai subir, assim como os pequenos empresários, optantes pelo Simples, que verão seus custos se elevarem muito.
Grandes indústrias também podem optar por transferir seus investimentos para outros estados, o que vai prejudicar a geração de emprego em São Paulo.
O governo alega que precisa cobrir um rombo em seu orçamento do ano que vem. Porém, a arrecadação neste ano foi superior à do ano passado, ou seja, não é por falta de pagamento de impostos que o rombo existe.
Portanto, não é justo transferir o rombo para a sociedade! Governador João Doria, MAIS IMPOSTO NÃO!
(Abiec/Abpa)
Toda a cadeia produtiva vai ser prejudicada pelo aumento dos impostos, por Roberto Ticoulat
Nosso trabalho é remunerado por nossos consumidores.
Nossos consumidores hoje já enfrentam um grave problema de renda e emprego, com muitos custos subindo acima da inflação.
Nos só conseguimos produzir se nosso consumidor tiver renda para remunerar adequadamente os elos da cadeia.
Os aumentos propostos afetam os custos de toda a cadeia produtiva e temos como consequência as medidas adotadas pelo estado determinando o que abre e fecha, sem o mínimo de entendimento sobre como combater o vírus.
Fechamos os pequenos negócios mas deixamos os supermercados abertos. So isto já é incentivo ao aumento de aglomeracao.
Se a renda cai, o desemprego aumenta e o governo combate sua perda de receita com aumentos de impostos, mesmo tendo recebido todo o auxílio federal, está claro que ha um erro enorme.
Ou seja, não somos só nós que iremos pagar este aumento de imposto mas, sim, toda a cadeia produtiva. E isto inclue os caminhoneiros seja na nossa formação de preços como também nos aumentos dos custos dos insumos a esta classe
(Roberto Ticoulat)
Alta de ICMS em SP vai afetar consumo (Valor Econômico)
O aumento nas alíquotas do Imposto sobre a Circulação de Bens e Serviços (ICMS) em São Paulo, a partir deste mês, poderá causar perda de consumo de até R$ 21,4 bilhões em bens e serviços e redução de quase R$ 7 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) da região Sudeste em 2021 - R$ 4 bilhões só no Estado.
Os cálculos estão em um estudo do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV Agro), recém-concluído. Segundo os autores, a agricultura será o setor com maior impacto negativo - retração de 2,7% no valor da produção.
(Leia mais: https://glo.bo/3hH3Co0)
SRB CONVOCA PRODUTORES PARA TRATORAÇO NO DIA 7/1
A presidente da Sociedade Rural Brasileira, Teresa Vendramini, já está no interior de São Paulo para participar dos protestos da próxima quinta-feira. A manifestação é contra a decisão do governador Joao Doria de aumentar o ICMS dos alimentos. Mais de 50 municípios paulistas já confirmaram participação no tratoraço.
Leia mais em: https://bit.ly/3nlrYFj
Carros novos e usados ficarão mais caros em São Paulo em 2021
A partir de 15 de janeiro, carros usados vendidos por lojistas pagarão 207% mais ICMS do que antes. O que houve foi uma mudança na base de cálculo considerada na emissão da nota fiscal da venda do veí...
Leia mais em: https://quatrorodas.abril.com.br/noticias/carros-novos-e-usados-ficarao-mais-caros-em-sao-paulo-em-2021/
Doria aprova fim da isenção de ICMS para medicamentos e equipamentos hospitalares
Leia mais: https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/25856/insensivel-doria-aprova-fim-da-isencao-de-icms-para-medicamentos-e-equipamentos-hospitalares.
(outras noticias):
S&P 500 e Dow Jones recuam de máximas recordes com nervosismo sobre eleição na Geórgia;
Wall St fecha em baixa por receios sobre eleições na Geórgia e Covid-19
NOVA YORK (Reuters) - As ações em Wall Street fecharam em forte queda nesta segunda-feira, afastando-se de picos históricos no primeiro dia de negociação do ano, com o apetite por risco diminuindo em meio à expectativa pelo segundo turno nas eleições na Geórgia e ao aumento persistente de casos de coronavírus.
O Dow Jones, que atingiu uma pontuação máxima recorde no início da sessão, mesmo movimento do S&P 500, também foi puxado para baixo por uma queda de 5,3% nas ações da Boeing Co, depois que Bernstein cortou sua recomendação para "abaixo da média do mercado", citando preocupações sobre o fluxo de caixa.
Todos os três principais índices atingiram mínimas em duas semanas.
Enquanto isso, o destino da agenda do presidente eleito dos EUA, Joe Biden --que inclui reforma do código tributário e impulso a estímulos e gastos com infraestrutura-- depende firmemente das disputas de terça-feira para o Senado no Estado da Geórgia, que determinará o controle da Casa.
O índice de volatilidade VIX, termômetro do medo de Wall Street, saltou 18,2% e fechou no maior patamar desde 5 de novembro.
"As ações estão caindo depois de um ano impressionante de ganhos", disse Brian Reynolds, estrategista-chefe de mercado da Reynolds Strategy.
"Estamos começando (o ano) com um vírus fora de controle. Provavelmente terminaremos 2021 com um vírus que poderia estar sob controle nessa época. Como chegaremos do início ao fim será repleto de retrocessos frequentes, porque as pessoas estarão olhando para as notícias de curto prazo", acrescentou.
O total de mortes nos EUA por Covid-19 superou 350 mil.
O Dow Jones caiu 1,25%, para 30.223,89 pontos. O S&P 500 recuou 1,48%, para 3.700,65 pontos. E o Nasdaq Composite perdeu 1,47%, para 12.698,45 pontos.
O S&P 500 e o Dow sofreram suas maiores quedas percentuais diárias desde o final de outubro, enquanto o Nasdaq teve sua maior perda desde 9 de dezembro.
Indefinição da eleição americana afeta mercado
(Reuters) - O S&P 500 e o Dow recuaram de níveis recordes no primeiro dia de negociações do ano nesta segunda-feira, com o resultado das eleições na Geórgia esta semana, que definirá o controle do Senado nos Estados Unidos, contendo o otimismo sobre a recuperação da economia global com a vacina contra o coronavírus.
O destino da agenda do presidente eleito Joe Biden, incluindo a reformulação do código tributário, o aumento do estímulo e dos gastos com infraestrutura, depende das disputas no Senado na terça-feira no Estado da Geórgia, que colocam dois senadores republicanos em exercício contra dois desafiantes democratas.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, viaja para a Geórgia na segunda-feira em uma tentativa de manter o Senado nas mãos de seu Partido Republicano, depois que os esforços para reverter sua própria derrota no Estado injetaram novas incertezas em duas disputas que são vistas como muito acirradas.
O presidente eleito Joe Biden também viajará para a Geórgia para um comício de última hora antes das eleições de terça-feira, que colocam dois senadores republicanos em exercício contra dois desafiantes democratas.
Se os republicanos Kelly Loeffler e David Perdue defenderem com sucesso suas cadeiras, seu partido manterá uma maioria de 52 lugares no Senado, dando-lhes o poder de bloquear grande parte da agenda de Biden quando ele assumir o cargo em 20 de janeiro.
Desaparecimento de fundador do Alibaba alimenta rumores sobre paradeiro de bilionário
PEQUIM (Reuters) - A ausência do fundador do Alibaba, Jack Ma, da vista do público nos últimos dois meses, incluindo a falta do episódio final de um programa de TV em que ele apareceria como jurado, tem alimentado especulações sobre seu paradeiro em meio a umarepressão regulatória chinesa sobre seu império de negócios.
O empresário de maior destaque da China não aparece em público desde um fórum no final de outubro em Xangai, onde elecriticou o sistema regulatório da China em um discurso que o colocou em rota de colisão com autoridades do país e que resultou na suspensão da oferta pública inicial de ações (IPO) de 37 bilhões de dólares do braço financeiro Ant Group.
O Financial Times informou na sexta-feira que Ma foi substituído como jurado no episódio final em novembro de um game show para empresários chamado de Heróis Empresariais da África.
Uma porta-voz do Alibaba disse à Reuters nesta segunda-feira que a mudança foi devido a um conflito de agenda. Ele não deu mais informações.
Os reguladores chineses se concentraram nos negócios de Ma desde seu discurso de outubro, incluindo o lançamento de uma investigação antitruste sobre o Alibaba e ordenando a Ant para promover uma reorganização de seus negócios de financiamento ao consumidor, incluindo a criação de uma holding.
"Acho que foi dito para ele se calar", disse Duncan Clark,presidente da consultoria de tecnologia com sede em Pequim BDA China. "Isto é um situação bastante única, mais ligada à escala da Ant e às sensibilidades sobre a regulamentação financeira", disse ele.
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