Preço do petróleo deve se sustentar acima dos US$ 50/barril , no entanto, não se espera cotações nos patamares de 2 anos atrás

Publicado em 14/10/2016 11:51
Se por um lado a redução de produção prometida pela OPEP é um fator de alta para os preços do petróleo, a combinação de elevação de juros nos EUA e competição com energias alternativas seria um limitador para as altas nas cotações do barril

O preço do petróleo mostrou uma reação forte nas últimas semanas. Nesta sexta-feira (14), às 11h42, o preço estava indicado em US$50,41 dólares o barril. E é assim que o mercado deve permancer nos próximos 12 meses, com cotações entre  US$50 a US$60 mantendo uma condição de estabilidade para as cotações.

De acordo com Thiago Custódio Biscuola, analista sênior da RC Consultoria, uma regulação da oferta, decisão tomada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) que já recebeu apoio da Rússia, é um dos fatores que já estão precificados neste mercado, a medida em que há uma orientação para a redução da oferta, que está em excesso no mercado. Por outro lado, o Banco Central Americano sinalizando uma alta nos juros atua no sentido contrário, jogando uma pressão baixista nos preços.

Os fundamentos, segundo o analista, não sugerem explosão nos preços. Os óleos não-convencionais, como o óleo de xisto, possuem uma resposta muito rápida às cotações, gerando competitividade e ajustes no mercado, que fica mais distrubuído ao mesmo tempo em que a OPEP quer um preço mais alto porque sabe que pode perder mercado futuramente.

Por outro lado, questões geopolíticas não previstas podem influenciar diretamente nos preços. Há ainda uma espera pelas eleições americanas, que indicarão estabilidade de cenário caso a vencedora for Hilary Clinton, candidata do atual presidente Barack Obama. No entanto, se o eleito for Donald Trump, do Partido Republicano, a geopolítica mundial pode observar mudanças, com maior protecionismo.

A soja e o milho tendem, portanto, a acompanhar o movimento do petróleo e ter uma valorização em suas margens. "As reações são instantâneas, então tem que estar sempre acompanhando o mercado para tomar decisão", aponta o analista.

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Por:
Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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