Canaoeste leva demandas cruciais de produtores ao Cana Summit 2025
O Cana Summit 2025, evento anual de destaque no setor sucroenergético, começa nesta quarta-feira (2), em Brasília, reunindo produtores, autoridades e especialistas para discutir os principais desafios e avanços da cadeia produtiva da cana-de-açúcar. Representando a Canaoeste, o executivo Almir Torcato destacou a importância do encontro como espaço de articulação política, onde pautas essenciais do setor ganham visibilidade e força junto aos governos.
“Esse evento é fundamental porque traz, por meio de painéis e debates com políticos convidados, as dores reais dos produtores para a mesa de discussão”, afirmou Torcato. Segundo ele, o evento tem histórico de conquistas importantes, como a regularização do programa RenovaBio, que teve avanços decisivos após pressão política originada no próprio Summit.
“Foi uma vitória no fim do ano passado. Mostra que o que é debatido aqui pode, sim, se transformar em ação concreta”, completou ao falar sobre o assunto com os produtores associados que viajaram para a capital federal para participar do evento, na comitiva da Canaoeste.
Para 2025, duas grandes pautas devem dominar as discussões. A primeira delas é o crédito outorgado, uma política fiscal que tem gerado disparidades entre os estados. Torcato explica que, durante a pandemia, o então presidente Jair Bolsonaro reduziu impostos para conter o preço da gasolina, o que impactou também o etanol. Para compensar os produtores, foi criado um mecanismo de devolução do ICMS. “Minas e Goiás devolveram direto no caixa das usinas. Já em São Paulo, isso foi feito a título de compensação, o que tem prejudicado algumas unidades produtoras — principalmente as voltadas ao etanol”.
Torcato ressalta que é preciso buscar soluções que equiparem as condições às praticadas em outras regiões. “É uma distorção que precisa ser corrigida para garantir competitividade”, afirmou.
A segunda pauta, considerada a mais polêmica, diz respeito à revisão do Consecana, sistema que define o modelo de remuneração entre produtores e usinas. “Estamos em fase revisional e o painel específico acontece no dia 3, às 11 horas. Precisamos da presença e do apoio dos produtores porque serão apresentados todas as ações e os motivos pelos quais a revisão ainda não avançou”, destacou o executivo.
Além do eixo político, Torcato lembrou que a Canaoeste oferece um robusto portfólio de serviços técnicos e jurídicos aos seus associados. Segundo dados recentes, a cada R$ 1 investido na associação, o retorno pode chegar a R$ 5 em serviços diretos. “Esse número tende a crescer ainda mais com os novos cálculos envolvendo a biofábrica e a redução de custos de produção frente aos valores de mercado”, disse.
Apesar da importância dessas iniciativas, ele reconhece que muitas ações políticas da entidade não são amplamente divulgadas. “Algumas são estratégicas demais para vir a público, mas muita coisa acontece aqui nos bastidores. O Summit é também palco dessas articulações silenciosas, mas fundamentais”, conclui.
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