Preços do açúcar acompanham variações do real e fecham esta 4ª feira (06) em alta
Esta quarta-feira (06), após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais nos Estados Unidos, foi marcada pela volatilidade do preço do real em relação ao dólar. Pelo manhã, logo após o anúncio da vitória do candidato republicano, a moeda norte-americano passou a subir de forma expressiva, porém inverteu o movimento ao longo do dia e fechou em baixa. Essa variação fez os futuros do açúcar abrir em queda e fechar com altas nas bolsas de Nova York e Londres.
“Os preços do açúcar se recuperaram das perdas iniciais na quarta-feira e se estabilizaram mistos após uma alta do real brasileiro ( ^USDBRL ) para uma máxima de 1 semana, o que desencadeou uma cobertura curta em futuros de açúcar”, destacou o Barchart.
O analista de inteligência de mercado da Stonex Marcelo Filho afirmou ao Notícias Agrícolas que o principal impacto da vitória de Trump nos Estados Unidos deve ser justamente nas variações da moeda norte-americana em relação ao real. Como ele explicou, com um dólar mais alto, por exemplo, o produto brasileiro fica mais barato no mercado internacional e mais atrativo para a exportação.
Por outro lado, ele também frisou que existem outros movimentos que são negativos para o dólar em relação ao real e, consequentemente, para os preços internacionais do açúcar, que são uma intenção do banco centro dos Estados Unidos de diminuir a força das taxas de juros e do Banco Central brasileiro de manter a Selic em níveis mais elevados.
No fechamento desta quarta-feira, o contrato março/25 de Nova York subiu 0,13 cents (+0,59%), sendo negociado a 22,03 cents/lbp. O maio/25 registrou uma alta de 0,15 cents (+0,74%), fechando a 20,46 cents/lbp. O julho/25 avançou 0,14 cents (+0,72%), encerrando a 19,60 cents/lbp, enquanto o outubro/25 teve um aumento de 0,14 cents (+0,73%), fechando o dia a 19,36 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres, o dezembro/24 recuou US$ 5,70 (-1,03%), fechando a US$ 550,20 por tonelada. O março/25 caiu US$ 6,70 (-1,18%), encerrando a US$ 559,80 por tonelada. O maio/25 registrou uma queda de US$ 6,40 (-1,14%), sendo negociado a US$ 553,10 por tonelada, enquanto o agosto/25 desceu US$ 6,00 (-1,10%), finalizando a US$ 537,00 por tonelada.
Mercado interno
No mercado brasileiro, indicador Cepea Esalq mostra o açúcar cristal branco, em São Paulo, com alta de 0,05%, cotado em R$ 165,87/saca . O açúcar cristal em Santos (FOB) tem valor de R$ 157,96/saca, após valorização de 2,47%. O cristal empacotado, em São Paulo, subiu 2,47% e foi a R$ 16,8786/5kg. O refinado teve aumento 4,64% e está cotado em R$ 3,7603/kg, e o VHP segue com preço de R$ 111,81/saca.
Em Alagoas, também com base no que mostra o indicador Cepea Esalq, o preço do açúcar está em R$ 152,32/saca, após desvalorização de 3,15%. Na Paraíba, a cotação é de R$ 158,25/saca. Em Pernambuco, o adoçante vale R$ 151,57/saca.
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