CNA participa do Datagro Abertura de Safra
O presidente da Comissão Nacional de Cana-de-açúcar da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Nelson Perez Júnior, participou, na quarta (6) e na quinta (7), em Ribeirão Preto (SP), do Datagro Abertura de Safra de Cana, Açúcar e Etanol.
O evento contou com a participação de parlamentares, autoridades e especialistas do setor sucroenergético, para discutir as perspectivas para a safra 2024/2025 no Brasil e no mundo, estimativas de custos de produção, e novas tecnologias para o segmento.
Também foram discutidas questões relacionadas à sustentabilidade e certificação ESG, bem como finanças no setor. Foram apresentadas, ainda, inovações em plantio para aumento de eficiência, cuidados com canaviais, novidades em motorização e otimização da produção conjugada de etanol de cana-de-açúcar e milho nas unidades industriais.
Após acompanhar os debates, Perez fez uma análise da safra 2023/2024, que foi favorecida por volumes de chuvas adequados e bem distribuídos. “Tivemos bons preços de remuneração do açúcar. Já para o etanol, houve pressão de preços durante todo o ciclo, o que levou os produtores do biocombustível a segurarem seus estoques”.
Para a safra 2024/2025 no Centro-Sul, há previsão de que a produtividade agrícola caia 10,7 pontos percentuais, de 88,3 t/há para 78,8 t/há, mas deve ficar 4,5% acima da média dos últimos 5 anos (75,4 t/ha), devido às condições climáticas e ao período mais curto de desenvolvimento da cana em áreas a serem colhidas no período final da safra.
Dados apresentados no encontro apontam que deverão ser processadas, na região, 592 milhões de toneladas (-9,8%). Para o açúcar, estima-se produção de 40,45 milhões de toneladas (-4,85). Para o etanol hidratado, a projeção é de 16,22 bilhões de litros (-19%), enquanto a estimativas para o anidro é de 14,20 bilhões (+5,1%), totalizando 30,42 bilhões de litros (-9,3%).
Há projeção de que a área plantada aumente de 7,437 para 7,512 milhões de hectares (+1%) no Centro-Sul. Em relação ao plantio, estima-se que haja um aumento do sistema mecanizado, acarretando maior consumo de mudas.
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