CanaoesteCast foca no combate ao Sphenophorus levis
Uma praga que assola os canaviais praticamente ao longo de todo ano, responsável por severas perdas, o Sphenophorus levis, também conhecido como bicudo da cana, está na mira da equipe de agrônomos da Canaoeste, que no terceiro episódio do podcast produzido pela Associação, apresentaram as principais técnicas disponíveis para que o produtor rural possa minimizar os danos e prejuízos.
As larvas de Sphenophorus levis atacam os rizomas e o primeiro entrenó basal, abrindo galerias. O que fazer para impedir a sua ação e os cuidados necessários para que ele se propague pelo canavial foi a pauta do CanaoesteCast, o podcast da Canaoeste.
Sob o comando de Alessandra Durigan, André Volpe, Daniela Aragão e Marco Antônio Polegato da Silva, conhecido como Zi, o time de agrônomos da Canaoeste traz importantes informações, que municiam o produtor de cana com as principais táticas e técnicas disponíveis no mercado para combater esta praga, que vem tirando o sono do produtor e desafiando os técnicos.
Prejuízos impactantes. Atacam em reboleiras e podem reduzir a produtividade e a longevidade dos canaviais. Sob infestação severa as touceiras morrem e são observadas muitas falhas no canavial. Os seguidos ataques nas áreas de soqueiras acarretam a redução do “stand” da cultura (número de perfilhos por metro linear) causando perdas significativas, obrigando muitas vezes, a reforma precoce do canavial. Segundo a equipe da Canaoeste, uma das grandes dificuldades do combate a essa praga é sua localização subterrânea, dificultando a aplicação dos agentes inseticidas.
Portanto, o combate requer um constante trabalho de levantamento para identificar os focos de infestação. A Canaoeste conta com uma equipe de 13 agrônomos, distribuídos em 12 regionais. “É feito o monitoramento, e não só do Sphenophorus. 90% do trabalho da equipe de campo é para detecção de pragas. É importante identificar e quantificar quais populações danosas estão ali, para que sejam aplicadas ações mais eficientes e assertivas no controle”, disse Alessandra Durigan.
Os técnicos lembram, também, que esse controle não se restringe à aplicação de inseticidas, sendo necessária a prática de manejo integrado, em que pode ser aplicado um conjunto de soluções, variando com a necessidade e o grau de infestação. Esse manejo inclui a aplicação de inseticidas biológicos que junto com a aplicação dos inseticidas químicos, pode contribuir muito.
Durante o episódio, os técnicos da Canaoeste apresentaram um pacote com os principais produtos e tecnologias disponíveis para o combate do Sphenophorus, destacando a importância da rotação de culturas e os cuidados na aquisição de mudas, verificando se elas estão sadias e livres de pragas.
Essas e outras valiosas informações estão à disposição não só dos associados, mas de todos os interessados na questão. Basta, para isso, acessar o CanaoesteCast, esse mais novo recurso de mídia que a Associação está disponibilizando para levar informação e conteúdo de qualidade a todos.
Depois do projeto-piloto, lançado em 31 de julho, que tratou da história da Canaoeste, já se somam três episódios, todos com temática voltada para o interesse do produtor rural.
Segundo o gestor corporativo da associação, Almir Torcato, “o produtor rural, agora, tem um espaço dedicado a suas necessidades. O CanaoesteCast é o lugar onde você encontrará conhecimentos valiosos, dicas práticas e histórias inspiradoras, tudo para impulsionar sua produtividade e sucesso no campo, abordando tópicos fundamentais do mundo agro, desde inovações agrícolas e práticas sustentáveis até histórias de sucesso de colegas produtores”, informou Torcato.
No primeiro episódio, o podcast falou sobre a importância da prevenção e do combate aos incêndios, que, quando não controlados, além do prejuízo financeiro, provocam enormes danos ambientais. A recuperação dessas áreas afetadas, com a implantação de mudas nativas, foi um dos pontos abordados. O podcast tratou também da Portaria CFA nº 16, de 01/09/2017, que definiu os critérios objetivos para o estabelecimento do nexo causal pela omissão, exclusivamente para as ocorrências de incêndios canavieiros de autoria desconhecida.
Já o segundo episódio tratou de questões relativas à remuneração do produtor de cana, trazendo à tona a necessidade de revisão do Consecana (Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Etanol do Estado de São Paulo), sistema de precificação que, segundo os produtores, não reflete a realidade em termos de remuneração. A remuneração do Crédito de Descarbonização (CBIO) e projetos de isenção tributária, que beneficiam mais a indústria em detrimento do produtor, também fizeram parte da discussão.
“Se, por um acaso, você não assistiu a nenhum desses episódios, não se preocupe, pois eles continuam à disposição. Essa é uma das vantagens desse tipo de mídia, que permite que seu conteúdo seja acessado na hora e no local que o ouvinte puder. Seja no trabalho, em casa, no carro, enfim, fica a critério do ouvinte”, ressaltou Torcato, apontando uma das vantagens oferecidas por este novo canal de comunicação, que a Canaoeste oferece a seus associados e aos produtores rurais.
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