Açúcar volta a disparar nesta 5ª feira nas bolsas e terminal em NY testa 27 cents/lb
As cotações futuras do açúcar encerraram esta quinta-feira (28) com alta expressiva nas bolsas de Londres e Nova York, que inclusive testou máximas de mais de 27 cents/lb. A apreensão com a oferta diante do cenário na Ásia volta a repercutir.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 2,24%, a 26,96 cents/lb, com máxima em 27,07 cents/lb e mínima de 26,20 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve alta 1,03%, a US$ 716,60 a tonelada.
Depois de alguma acomodação nos últimos dias, o mercado do açúcar voltou a disparar nas bolsas externas no final da sessão desta quinta-feira. As apreensões ligadas à oferta do adoçante voltam a ditar a alta externa nos terminais.
As duas principais origens produtoras da Ásia, Índia e Tailândia, têm enfrentado problemas com o desenvolvimento da safra por conta do fenômeno climático El Niño. A nova temporada do adoçante no continente começa agora neste mês de outubro.
Na semana passada, inclusive, o terminal norte-americano testou máxima em 27,62 cents/lb, a maior em 12 anos, também com atenção para as questões com a oferta.
"Os revendedores disseram que o mercado deverá permanecer apertado na próxima temporada global 2023/24, em parte devido a uma queda potencial na produção na Ásia ligada ao fenômeno climático El Niño", disse a agência Reuters.
No Brasil, por outro lado, na primeira quinzena do mês de setembro, a produção de açúcar no Centro-Sul totalizou 3,12 milhões de toneladas, segundo dados divulgados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica).
A quantidade, quando comparada a registrada na safra 22/23, de 2,87 milhões de toneladas, representa aumento de 8,54%. Apesar disso, o volume ficou levemente acima da projeção da S&P Global Commodity Insights de 3,19 milhões de toneladas.
No financeiro, o dia foi marcado por desvalorização expressiva do petróleo e cotações do dólar sobre o real próximas da estabilidade.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar no mercado físico seguem em alta acompanhando o exterior. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 155,56 a saca de 50 kg com valorização de 0,23%.
Além do exterior, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP), disse que a oferta de açúcar para o spot paulista permanece restrita com usinas priorizando a exportação.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 154,45 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 26,97 c/lb com alta de 0,43%.
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