Açúcar despenca mais de 1% nesta 3ª após máximas de mais de uma década
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta terça-feira (26) com queda de mais de 1% nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado segue pressionado por realização de lucros depois de máximas históricas, além de dados sobre o avanço da produção no Centro-Sul do Brasil.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) registrou desvalorização de 1,28% no dia, cotado a 26,24 cents/lb, com máxima em 26,74 cents/lb e mínima de 26,18 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato caiu 1,03%, a US$ 710,70 a tonelada.
O mercado do açúcar caiu forte nas bolsas externas nesta terça-feira, estendendo as perdas da véspera, ainda acompanhando um movimento de realização de lucros ante máximas histórias com foco na oferta. Em Nova York, os preços testaram máximas de mais de 10 anos na última semana.
As preocupações com a produção na Índia e Tailândia davam importante suporte aos preços externos do adoçante.
Enquanto isso, no Centro-Sul do Brasil, a safra 2023/24 tem avançado e pressiona as cotações. Na primeira metade de setembro, a produção de açúcar totalizou 3,12 milhões de toneladas, segundo dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica).
Essa quantidade, quando comparada àquela registrada na safra 22/23 de 2,87 milhões de toneladas, representa aumento de 8,54%. Apesar disso, o volume no período ficou levemente acima da projeção da S&P Global Commodity Insights de 3,19 milhões de toneladas de açúcar.
No financeiro, o mercado do açúcar teve limitação das perdas na sessão desta terça-feira com alta moderada do petróleo. Já o dólar tinha nesta tarde alta leve sobre o real, o que tende a encorajar as exportações e dar pressão para as commodities agrícolas de um modo geral.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar seguem em trajetória altista no mercado interno. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 158,94 a saca de 50 kg com valorização de 2,91%.
"A sustentação vem das contínuas valorizações do adoçante no mercado internacional. Além disso, a oferta de açúcar para o spot paulista permanece restrita, uma vez que as usinas têm priorizado a produção do adoçante para exportação e para a entrega dos volumes já contratados", disse o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).
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Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 154,45 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 27,84 c/lb com valorização de 0,15%.
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