Açúcar fecha 5ª acima de 27 cents/lb em NY com salto do petróleo e temores com oferta
Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta quinta-feira (14) com alta de mais de 1% nas bolsas de Londres e Nova York, que ficou acima de 27 cents/lb. O mercado teve suporte do petróleo, além dos temores relacionados com a oferta global.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) registrou valorização de 1,53% no dia, a 27,22 cents/lb, com máxima em 27,36 cents/lb e mínima de 26,86 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato subiu 1,07%, a US$ 733,60 a tonelada.
Após baixa na véspera, o mercado do açúcar ganhou impulso importante nesta manhã da alta de quase 2% do petróleo nas bolsas. As oscilações do óleo impactam nos preços dos combustíveis e, consequentemente, na decisão de produção das usinas no Centro-Sul.
Ainda no financeiro, os preços do adoçante também tiveram apoio da queda do dólar sobre o real, que tende a desencorajar as exportações.
Além disso, seguem os temores com a oferta do adoçante por conta das origens asiáticas, como Índia e Tailândia, que têm enfrentado impactos do clima nas lavouras diante do fenômeno climático El Niño. A safra que começa em outubro no principal estado produtor indiano deve cair forte.
"A produção de açúcar em Maharashtra, maior estado produtor da Índia, deverá cair 14% na safra 2023/24, para o menor nível em quatro anos, após o agosto mais seco em mais de um século", disseram autoridades da indústria do país para a agência de notícias Reuters.
A Índia, inclusive, pode ter que proibir os embarques do adoçante. O secretário de alimentação da Índia, Sanjeev Chopra, disse na quinta-feira que o país tem apenas 8,5 milhões de toneladas de estoques de açúcar, que seriam suficientes para mais de três meses e meio.
Enquanto isso, a temporada 2023/24 avança bem no Brasil. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) trouxe nesta semana que a produção de açúcar na segunda quinzena de agosto totalizou 3,46 milhões de toneladas, um aumento de 9,95% ante o ciclo anterior
Os números também vieram levemente acima do que a projeção da S&P Global Commodity Insights, que indicava uma produção na casa de 3,44 milhões de toneladas.
MERCADO INTERNO
Acompanhando o exterior, os preços também têm avançado no mercado brasileiro. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 148,84 a saca de 50 kg com registro de valorização de 2,02%.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 149,32 a saca e alta de 2,55%, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 27,34 c/lb com desvalorização de 1,09%.
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