Em realização de lucros, açúcar fecha 6ª feira em queda nas bolsas de NY e Londres
Os contratos futuros do açúcar encerraram esta sexta-feira (08) com desvalorização expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado sentiu pressão de um movimento de realização de lucros, após avançar nos últimos dias com atenção para o clima nas origens asiáticas.
O financeiro foi positivo no dia, mas não teve forças para impedir a queda técnica.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York registrou desvalorização de 1,39%, a 26,31 cents/lb, com máxima em 27,10 cents/lb e mínima de 26,11 cents/lb. Em Londres, terminal que testou máximas de 12 anos na semana, o primeiro contrato caiu 0,89%, a US$ 714,30 a tonelada.
No acumulado da semana, o principal vencimento no terminal de Nova York recuou 1,28%.
Apesar de operar em alta pela manhã com foco no financeiro, o passou a cair na tarde desta sexta-feira nas bolsas externas acompanhando um natural movimento de realização de lucros. Os ganhos dos últimos dias acompanharam foco dos operadores na oferta global.
As origens asiáticas, como Índia e Tailândia, têm enfrentado impactos do clima nas lavouras diante do fenômeno climático El Niño. A Índia, inclusive, pode ter que proibir os embarques do adoçante no novo ciclo de produção, que começa agora em outubro, segundo a Reuters.
"Na Índia, as chuvas abaixo da média em agosto foram prejudiciais ao desenvolvimento da cultura da cana-de-açúcar, enquanto se espera que as condições climáticas secas persistentes na Tailândia afetem negativamente a produção de açúcar em 2023/24", disse Jack Scoville, vice-presidente da Price Futures Group.
A agência de notícias também trouxe nesta semana que os preços do açúcar na Índia saltaram mais de 3% em duas semanas, atingindo o nível mais alto em seis anos. O preço interno reflete justamente esse cenário de chuvas limitadas nas principais regiões produtoras.
Com os problemas nas origens asiáticas, as safras do Centro-Sul do Brasil serão muito importantes para o abastecimento.
No financeiro, o mercado do petróleo saltava moderadamente nesta tarde de sexta nas bolsas externas em meio atenção para os cortes em importantes produtores. As oscilações do óleo impactam na definição do mix pelas usinas. O dólar estava próximo da estabilidade.
MERCADO INTERNO
Acompanhando o exterior, os preços do açúcar subiram nos últimos dias, apesar de repiques de baixa. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 146,50 a saca de 50 kg com registro de desvalorização de 0,24%.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 145,61 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 27,48 c/lb com alta de 1,77%.
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