Açúcar: Bolsa de NY sobe mais de 3% nesta 3ª feira e Londres renova máximas de 12 anos
O mercado futuro do açúcar encerrou a sessão desta terça-feira (05) com boas altas nas bolsas de Nova York e Londres, que inclusive renovou máximas de 12 anos. Os preços repercutem os temores com a oferta diante de chuvas escassas nas origens asiáticas.
Com isso, o mercado global estará bastante dependendo do Brasil.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York registrou valorização de 3,25% no dia, cotado a 26,65 cents/lb, com máxima em 26,94 cents/lb e mínima de 25,66 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato saltou 2,36% no dia, a US$ 732,30 a tonelada.
"Os futuros do açúcar branco negociados na ICE atingiram o maior nível em 12 anos nesta terça-feira, com o clima mais seco do que o normal ameaçando reduzir a produção na Índia e na Tailândia", destacou a agência de notícias Reuters sobre o mercado nesta terça.
Depois do Brasil, que é líder disparado na exportação global do adoçante, vem a Índia. O país asiático, inclusive, pode ter que proibir os embarques do adoçante no novo ciclo de produção, que começa agora em outubro, de acordo com fontes do governo local.
A Reuters ainda trouxe nesta terça que os preços do açúcar na Índia saltaram mais de 3% em duas semanas, atingindo o nível mais alto em seis anos. O preço interno reflete justamente esse cenário de chuvas limitadas nas principais regiões produtoras do país asiático.
"As usinas de açúcar estão preocupadas com a possibilidade de a produção cair drasticamente na nova temporada devido à seca. Elas não estão dispostas a vender a preços mais baixos", disse à Reuters Ashok Jain, presidente da Associação de Comerciantes de Açúcar de Mumbai.
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No financeiro, o adoçante também encontra suporte do petróleo. O óleo bruto avança cerca de 1% enquanto Arábia Saudita e Rússia estendem cortes de oferta. O petróleo impacta diretamente nos preços dos combustíveis e na decisão de produção das usinas.
MERCADO INTERNO
Os preços do adoçante no spot paulista seguem valorizados. "Agentes das usinas paulistas aumentaram os valores ofertados pelo cristal, uma vez que as exportações do produto continuam aquecidas, apresentando rentabilidade superior ao mercado interno", disse em nota o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 148,32 a saca de 50 kg com registro de valorização de 2,46%.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 145,68 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 26,58 c/lb - estável.
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