Açúcar: Chuvas previstas para o BR fazem NY e Londres saltarem mais de 1% nesta 4ª feira

Publicado em 16/08/2023 17:05
Queda do dólar sobre o real contribuiu para valorização do adoçante no dia, apesar do petróleo

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As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta quarta-feira (16) com alta expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado teve suporte no dia das chuvas previstas para o Centro-Sul do Brasil nos próximos dias, além do câmbio.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve valorização de 1,77% no dia, cotado a 24,19 cents/lb, com máxima em 24,30 cents/lb e mínima de 23,63 cents/lb. Em Londres, a alta no dia foi de 1,43%, a US$ 701,60 a tonelada.

"A previsão da Maxar Technologies é de que fortes chuvas são esperadas nas regiões produtoras de açúcar do Brasil nos próximos dez dias, o que corre o risco de atrasar a safra de açúcar do país", destacou o site internacional Barchart nesta quarta-feira.

A consultoria Safras & Mercado prevê que os canaviais do Centro-Sul do Brasil devam receber chuvas fortes no final de agosto, de 20 a 60 mm para a quarta semana e de 20 a 80 mm para a quinta semana do mês em plena colheita e moagem da temporada.

O mercado também encontrou suporte no dia do financeiro, com desvalorização do dólar sobre o real na maior parte do dia, apesar de queda do petróleo. As oscilações do câmbio impactam diretamente nas exportações do adoçante, já que os negócios são em dólar.

Na semana passada, os preços do açúcar já haviam subido depois que a Organização Internacional do Açúcar (ISO) projetou um declínio na produção global em 2023/24 e um déficit, apesar das boas expectativas com a safra do Centro-Sul do Brasil.

MERCADO INTERNO

Os preços internos do açúcar têm recuado nos últimos dias, tendo o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP) atingido o menor valor nominal desde abril deste ano, quando a safra 2023/24 foi iniciada.

"Observa-se aumento nas exportações de açúcar cristal Icumsa 150, o que tem levado a uma restrição de oferta para o mercado interno. E, mesmo com a demanda doméstica se mantendo estável, compradores estão pressionando por preços mais baixos da saca de cristal, o que tem levado algumas usinas a ceder nos valores de venda", disse o centro.

No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 132,59 a saca de 50 kg com alta de 0,13%.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 149,00 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 24,38 c/lb e queda de 1,18%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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