Açúcar testa alta em NY e Londres, mas acaba em baixa com financeiro nesta 3ª
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta terça-feira (30), na retomada após feriado na véspera, com queda leve nas bolsas de Nova York e Londres, após valorização durante a maior parte do dia com atenção sobre a oferta. O mercado foi impactado pelo financeiro.
O petróleo caía nesta tarde mais de 4% em meio preocupações sobre se o Congresso dos Estados Unidos aprovará o pacto do teto da dívida norte-americana.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 0,16% no dia, negociado a 25,33 cents/lb, com máxima em 25,83 cents/lb e mínima de 25,19 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve desvalorização de 0,24% no dia, cotado a US$ 706,80 a tonelada.
Após valorização durante a maior parte do dia ainda acompanhando os temores com a oferta global, principalmente por conta das origens asiáticas, o mercado do açúcar finalizou a sessão desta terça-feira com perdas leves nas bolsas externas com pressão do financeiro aos preços.
O mercado do petróleo caía nesta tarde mais de 4% nas bolsas internacionais com preocupações sobre o teto da dívida dos Estados Unidos. Também há expectativas do mercado sobre a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) neste fim de semana.
As oscilações do óleo impactam nos preços dos combustíveis e, consequentemente, na decisão das usinas sobre o mix, com base no produto mais rentável.
Nos fundamentos, por outro lado, seguem sendo acompanhados os temores sobre a oferta asiática, apesar de perspectiva de safra positiva no Centro-Sul do país.
Depois de um início de safra lento no mês de abril, a moagem de cana-de-açúcar e a produção de açúcar na primeira quinzena de maio totalizou 2,53 milhões de toneladas. Um salto de mais de 50% ante o mesmo período da safra anterior, segundo dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica).
No acumulado desde 1º de abril, a fabricação do adoçante totaliza 4,06 milhões de toneladas, contra 2,74 milhões de toneladas do ciclo anterior (+48,04%).
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar no mercado brasileiro seguem em cerca de R$ 150 a saca. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, foi negociado a R$ 148,62 a saca de 50 kg com desvalorização de 0,26%.
"A oferta dos lotes do Icumsa até 180 está restrita para as vendas domésticas, uma vez que, para as usinas, as exportações estão mais atrativas. Além disso, a demanda na pronta-entrega não tem dado sinais de aquecimento – alguns compradores que normalmente negociavam no spot optaram por garantir o recebimento do açúcar por meio de contratos", destaca o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 162,57 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 27,06 c/lb - estável.
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