Açúcar: NY encerra 6ª com alta de mais de 3% com foco na oferta e financeiro
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta sexta-feira (05) com alta expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado segue tendo suporte das preocupações com a oferta e o financeiro contribui.
Por outro lado, a safra 2023/24 está no início e tem expectativas positivas do mercado.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 3,13%, a 26,32 cents/lb, com máxima em 26,45 cents/lb e mínima de 25,59 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve alta de 2,57% no dia, a US$ 715,70 a tonelada.
O mercado do açúcar em Nova York voltou a testar máximas de mais de 11 anos nesta semana. Os temores com a oferta continuam dando suporte aos preços, com produção menor do que o esperado na Índia, Tailândia, China e União Europeia.
"Acredita-se que a produção indiana seja menor este ano, já que as usinas estão fechando mais cedo e o Paquistão também reduziu a produção", diz Jack Scoville, vice-presidente da Price Futures Group.
As chuvas em plena colheita do Brasil também foram fator de suporte. Porém, conforme maio avança a tendência é que os trabalhos ganhem ritmo. E a nova temporada do Centro-Sul tende a ser positiva e deve ajudar no saldo global.
A consultoria Datagro, por exemplo, anunciou nesta semana que vê potencial de o Centro-Sul do Brasil produzir na nova safra, 2023/24, 38,3 milhões de toneladas de açúcar pressionam. Isso representa um salto de 13,6%.
Já a StoneX elevou sua previsão de produção de açúcar para a principal região produtora do Brasil no ciclo 2023/24 para 37,2 milhões de toneladas, também um salto de mais de 10% sobre o registrado na última safra.
"Com o cenário internacional registrando altas constantes para o adoçante, em função de estoques mais apertados em toda a cadeia global da commodity, as cotações do #11 em Nova Iorque têm alcançado patamares recordes de negociação, promovendo assim, uma larga vantagem do demerara na paridade com o etanol...", disse a StoneX em reporte.
No financeiro, o petróleo também é um fator de suporte, com salto de mais de 3% nesta tarde. As oscilações do óleo tendem a impactar diretamente nos preços dos combustíveis e, consequentemente, na decisão das usinas sobre o mix.
Além disso, o dólar caía sobre o real, o que tende a desencorajar as exportações e dar suporte aos preços.
MERCADO INTERNO
A semana voltou a ser de altas para o açúcar interno. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP), o impulso vem de chuvas que dificultam o transporte da cana da nova safra.
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, foi negociado a R$ 149,77 a saca de 50 kg com alta de 2,23%.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 154,72 a saca com alta de 0,20%, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 27,34 c/lb e alta de 1,35%.
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