Açúcar: Petróleo passa a cair cerca de 4% e pesa sobre NY e Londres nesta 3ª
Os contratos futuros encerraram a sessão desta terça-feira (06) com queda moderada nas bolsas de Nova York e Londres. A pressão acompanhou as fortes perdas, de cerca de 4%, do petróleo no financeiro, mas ainda segue atenção para informações da demanda.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 0,82% no dia, cotado a 19,39 cents/lb, com máxima de 19,68 cents/lb e mínima de 19,36 cents/lb. Já no terminal de Londres, o primeiro contrato teve baixa de 0,78%, a US$ 534,90 a tonelada.
Depois de iniciar o dia com leves altas, os preços do açúcar passaram a cair durante a tarde desta terça-feira nas bolsas externas e o movimento foi ampliado próximo do fechamento dos terminais com o petróleo perdendo cerca de 4% no exterior.
O petróleo impacta todos os produtos do setor de energia. Como o Centro-Sul do Brasil produz açúcar ou etanol, um biocombustível derivado da cana-de-açúcar que é utilizado como um substitutivo da gasolina, o adoçante também sente fortemente as oscilações.
Os preços do petróleo caíram abaixo do patamar de US$ 80 o barril pela primeira vez desde janeiro à medida que aumentam as preocupações com a demanda, compensando inclusive os efeitos de alta de um teto de preço do petróleo russo liderado pela UE.
"Poderíamos estar olhando para o WTI em US$ 60 o barril do jeito que as coisas estão indo. Acho que US$ 80 será a nova alta, e eu ficaria muito surpreso em ver algo mais alto que isso", disse à Reuters Eli Tesfaye, estrategista sênior da RJO Futures.
Por outro lado, segue atenção para a demanda aquecida pelo açúcar. A Índia, segundo maior exportador mundial de açúcar, pode ter apenas 1 milhão de toneladas de açúcar a ser exportado dentro da sua cota, segundo notícia da Reuters divulgada na véspera.
Também há relatos de impacto na colheita da Tailândia, outro importante exportador, por conta das chuvas.
No Brasil, as exportações de açúcar totalizaram 4,07 milhões de toneladas no último mês de novembro, 53% a mais do que no mesmo mês do ano passado, e o maior volume embarcado em todo o ano, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O faturamento foi de mais de R$ 1 bilhão.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar no spot sobem dia após dia e quase se aproximam de R$ 140 a saca em meio à finalização no Centro-Sul do Brasil, o que tende a reduzir a oferta.
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve alta de 0,25%, negociado a R$ 138,77 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 135,48 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,94 c/lb e alta de 0,35%.
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