Raízen registra forte crescimento no primeiro trimestre da safra 22’23
A Raízen (RAIZ4), referência global em bioenergia e protagonista na transição energética no Brasil e no mundo, divulga os resultados do primeiro trimestre da safra 22’23.
A companhia somou R$ 66,3 bilhões em receita líquida, um salto de 72% em comparação com o primeiro trimestre da safra anterior (21´22). Já o EBITDA ajustado chegou a R$ 3,7 bilhões, um crescimento de 55%. Os resultados deste começo de ano-safra reforçam a visão de crescimento esperada para o ano e possibilitam continuar a planejar os investimentos futuros que irão acelerar os negócios, mantendo uma abordagem prudente sobre o balanço.
O lucro líquido ajustado alcançou R$ 1,1 bilhão e o fluxo de caixa livre foi negativo em R$2,5 bilhões, em função da estratégia da Raízen em expandir seu negócio em açúcar, otimizando sua alocação de capital. No período, a companhia atingiu um indicador de dívida líquida/EBITDA de 1,9x, contra 1,8x no 1T 21’22, mantendo sua composição de endividamento equilibrada, inclusive com linhas de crédito vinculadas a metas ESG. O ROACE, principal métrica de avaliação do retorno do negócio, alcançou 15% no trimestre.
Principais resultados por área de negócios:
Renováveis & Açúcar
Renováveis: O EBITDA ajustado atingiu R$ 1,1 bilhão no trimestre (+28%). A expansão do resultado reflete o maior volume vendido de etanol (+54%), com melhores preços (+14%), parcialmente compensado pelo menor volume de energia comercializado no período, em linha com a menor cogeração neste início de safra e com o aumento dos custos. A planta de Etanol de Segunda Geração (E2G) Costa Pinto atinge recorde de produção e a construção das novas unidades de E2G seguem em marcha. Neste aspecto, a Raízen celebrou acordo com a Embraer para desenvolvimento do SAF (Combustível de Aviação Sustentável), reforçando o posicionamento de líder e desenvolvedora do mercado de E2G. Em energia elétrica, a Raízen já é uma das cinco maiores comercializadoras do Brasil, com um volume total comercializado de 2,7 GWh, alavancando soluções de energia limpa e renovável para seus clientes, contemplando energia solar e pequenas centrais hidrelétricas, dentre outros.
Açúcar: O EBITDA ajustado foi de R$ 569 milhões no trimestre (+23%), aumento que reflete a estratégia da Raízen em evoluir sua participação na cadeia de valor, com maior margem e aumento das vendas diretas para o destino. O volume comercializado evoluiu 37% e o preço médio, 23%. A Raízen também celebrou contrato de longo prazo para a criação da primeira cadeia global de fornecimento de açúcar bruto 100% rastreável, produzido a partir de cana de açúcar “non-GMO”, com diferenciação e maior valor agregado.
Operação Agroindustrial: Com o início do período de moagem mais tardio nesta safra, o ATR produzido (em açúcar equivalente) foi de 3.105 toneladas (-20%), em razão da menor moagem e ATR da cana. Já o TCH ficou em linha com o mesmo período do ano passado. A Raízen tem procurado contornar os efeitos do clima, que prejudicaram o rendimento dos canaviais no último ano, perdurando no início desta safra. Ainda assim, o indicador de produtividade industrial RIT/STAB atingiu 88,8%, mantendo um patamar elevado e sustentável. A performance da cana de primeiro corte segue em nível superior à média do Centro-Sul (10% versus 6%). O custo caixa (+27%) foi impactado pela menor diluição dos custos fixos, devido à menor moagem de cana-de-açúcar e pela inflação nos custos gerais, insumos agrícolas, diesel e matéria-prima. A Raízen tem investido fortemente em excelência operacional, com a implantação do Sistema de Excelência Raízen (SER+), que já está implantado em 23 parques de Bioenergia, com mais de 10.000 ideias e projetos gerados, concretizando a estratégia de otimizar processos, reduzir desperdícios e fortalecer a cultura de segurança.
Marketing & Serviços
O EBITDA ajustado da plataforma integrada Brasil e LatAm (Argentina e Paraguai) apresentou forte expansão dos resultados, totalizando R$ 1,7 bilhão (+67%) no trimestre. No Brasil, a Raízen executou com agilidade e consistência a otimização das ações em suprimentos e geração de negócios. O aumento do volume vendido, a maior eficiência operacional e gestão eficaz de margens contribuíram para a evolução da rentabilidade da operação. O Shell Box, plataforma de conveniência e fidelidade para pessoas físicas e empresas, continuou a apresentar crescimento exponencial, transacionando mais de R$ 7 bilhões nos últimos 12 meses. A redução da carga tributária anunciada pelo Governo Federal e pelos Estados também trouxe desafios adicionais na gestão do negócio. A companhia acredita, porém, que os efeitos serão positivos para a melhora do ambiente de negócios, principalmente na contribuição ao combate da informalidade e evasão de impostos no setor. O Grupo Nós atinge 1.374 lojas, em expansão acelerada, sendo 128 do OXXO e 1.246 lojas Shell Select. Nas operações LatAm (Argentina e Paraguai), a forte recuperação dos resultados reflete o maior volume vendido, a expansão da rede de postos na Argentina e aceleração do embandeiramento dos postos Shell no Paraguai, bem como pelos repasses dos reajustes de preços na ponta.
Em governança corporativa, a Raízen realizou a implementação de um Conselho Fiscal composto por profissionais renomados do mercado e aprovou um novo Programa de Recompra de Ações. Também conquistou o selo Great Place to Work, em sua primeira participação, posicionando-se como uma das três melhores empresas para se trabalhar no setor de agronegócios.
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