CTC registra receita líquida de R$ 78 milhões no 1T23
O CTC- Centro de Tecnologia Canavieira, líder em soluções de melhoramento genético para o setor de cana-de-açúcar no Brasil e listado no segmento BOVESPA MAIS (CTCA3), registrou receita liquida de R$ 78 milhões no primeiro trimestre da safra 22/23, redução de 14% em comparação a igual período da safra anterior. A redução reflete os impactos do término de vigência de proteção das cultivares e fim da cobrança de royalty das variedades CTC 1 a 5, compensado parcialmente pela melhora do mix de produtos com variedades de maior valor agregado.
O EBITDA totalizou R$ 31 milhões, menos 41,1% em relação ao período anterior, refletindo a redução na receita e o crescimento nos investimentos em P&D. O lucro líquido atingiu R$ 21,6 milhões, menos 29,3% em relação ao 1T22, impactado por menor receita e EBITDA.
A queda da proteção das variedades CTC 1 a 5 já era prevista desde a implantação do modelo comercial em 2012, ano de início da cobrança de royalties sobre o material genético de propriedade do CTC. Estas variedades, registradas e utilizadas pelo mercado antes da implantação do novo modelo, resultaram em aproveitamento comercial parcial frente ao período de patente. As novas variedades, lançadas após 2012, fazem parte de uma gestão de portfólio que administra a sua vida comercial desde o lançamento até a queda de proteção das cultivares, sendo substituídas de forma gradativa e programada por variedades mais produtivas e de maior valor agregado.
“As variedades CTC 1 a 5 atingiram sua maturidade nas últimas safras e estão cedendo espaço para variedades mais avançadas, com maior produtividade,”, explica Rinaldo Pecchio, Diretor Financeiro e Relações com Investidores do CTC. “Tivemos impacto na receita, mas esse efeito será compensado progressivamente com a melhora na adoção do mix de produtos e expansão das variedades premium e variedades geneticamente modificadas (GM). O CTC se preparou para o fim da cobrança de royalties dessas variedades, através de uma gestão financeira conservadora, privilegiando a manutenção de caixa para execução dos projetos de P&D.”, afirma o executivo.
O caixa líquido do CTC no trimestre totalizou R$ 290 milhões, aumento de 38% em relação ao mesmo período da safra anterior. Esse crescimento demonstra a solidez financeira da companhia mesmo nesse momento de desafios importantes no cenário econômico brasileiro e mundial.
Os custos de pesquisa e desenvolvimento alocados no resultado do primeiro trimestre de 23 totalizaram R$40,5 milhões, aumento de 15% sobre o 1T22. A elevação se deve ao aumento aos avanços no projeto Sementes, um novo sistema de plantio comercial baseado no uso de sementes sintéticas que visa substituir o sistema atual, e a expansão do pipeline de canas geneticamente modificadas. Os custos de P&D, incluindo as adições ao intangível, representaram 51,8% da receita líquida no 1T23, comparado a 38,9% no mesmo período do ano anterior.
Variedades CTC
Neste trimestre, o CTC manteve sua estratégia de crescimento de participação de mercado das variedades premium e variedades geneticamente modificadas, além de assegurar progressos no desenvolvimento das plataformas tecnológicas. Com isso o CTC melhorou o seu mix de produtos, com crescimento de plantio de variedades elite, da série 9000, atingindo aproximadamente 60% de toda área plantada com variedades CTC na safra atual, e market share de plantio de 34%.
“O portfólio do CTC é resultante de sua vasta experiência com a cadeia produtiva da cana-de-açúcar e reúne variedades de alta produtividade adaptadas às diferentes condições edafoclimáticas das regiões produtoras do país”, destaca Pecchio. “As variedades da série 9000, por exemplo, apresentam patamares de produtividade 25% superior à média nacional. Produto que gera benefícios adicionais e valor aos clientes”.
O CTC possui 34 cultivares de exploração comercial, o portfólio atual de variedades de cana-de-açúcar está dividido em três grupos: Variedades CTC6 a CTC26 (variedades convencionais), Variedades Série 9000 (variedades elite) e Variedades Geneticamente Modificadas (variedades GM). Tais variedades estão associadas a produtos de alta produtividade e confiabilidade, que proporcionam redução de riscos de perda na colheita para os clientes.
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