Açúcar reduz ganhos nesta tarde de 5ª, mas segue em alta com petróleo em US$ 100
As cotações futuras do açúcar operavam com alta moderada nesta tarde de quinta-feira (24) nas bolsas de Nova York e Londres, apesar de terem subido mais fortemente pela manhã. O mercado acompanha as preocupações com a oferta do petróleo em meio demanda em recuperação.
Por volta das 12h48 (horário de Brasília), o mercado do açúcar bruto subia 0,62% na Bolsa de Nova York, cotado a US$ 17,99 c/lb, com máximas de um mês atingidas pelo mercado norte-americano. Já no terminal de Londres, o tipo branco tinha valorização de 0,75%, a US$ 499,40 a tonelada.
O petróleo disparava mais de 6% nesta tarde de quinta no exterior.
"A Rússia é o terceiro maior produtor de petróleo e o segundo maior exportador. Dado os baixos estoques e a diminuição da capacidade ociosa, o mercado de petróleo não pode arcar com grandes interrupções no fornecimento", disse para a Reuters o analista do UBS Giovanni Staunovo.
As oscilações do óleo impactam diretamente na decisão das usinas sobre o mix de produção. “O aumento dos preços de energia pode levar as usinas de cana do Brasil, maior produtor, a desviar a produção do açúcar para o etanol, um biocombustível à base de cana”, apontou a Reuters.
Por outro lado, o dólar subia cerca de 2% sobre o real, o que tende a encorajar as exportações das commodities agrícolas, mas em compensação pesa sobre os preços externos das commodities. A moeda comercial ficou abaixo do patamar de R$ 5 no Brasil na véspera, mas já volta a subir.
Nos fundamentos, como limitador da alta, o mercado ainda acompanha as informações sobre a safra 2022/23 no Centro-Sul do Brasil, além das origens asiáticas.
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