Petróleo despenca e pesa sobre mercado do açúcar em NY e Londres nesta 3ª feira

Publicado em 15/02/2022 17:24
Informações sobre a safra 2022/23 do Centro-Sul do Brasil contribuem para a desvalorização do mercado

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As cotações futuras do açúcar recuaram moderadamente nas bolsas de Nova York e Londres nesta terça-feira (15). O mercado do adoçante teve pressão do petróleo no internacional, além das melhores expectativas com a safra do Brasil e Ásia.

O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 0,51%, cotado a US$ 17,57 c/lb, com máxima de 17,80 c/lb e mínima de 17,49 c/lb. Em Londres, o primeiro vencimento do adoçante caiu 0,46%, negociado a US$ 480,00 a tonelada.

O mercado do açúcar recuou nas bolsas externas no dia acompanhando, principalmente, quedas de mais de 3% do petróleo WTI e Brent no cenário internacional em meio desescalada da tensão entre Rússia e Ucrânia.

As oscilações do óleo impactam diretamente na decisão do mix das usinas na nova safra.

"A crise Rússia-Ucrânia colocou o mercado de energia em alerta máximo para possíveis interrupções no fornecimento russo", disse para a agência de notícias Reuters Stephen Brennock, da corretora de petróleo PVM.

Além disso, segue atenção para a safra brasileira 2022/23 que está em desenvolvimento no Brasil neste momento e o clima tem sido benéfico no Centro-Sul. As origens asiáticas também estão em foco com a colheita avançando bem.

"A gente sai de uma condição mais seca ao Sul e conforme a gente vai subindo ao Norte as condições vão se revertendo. Passando a ficar boas em São Paulo, favoráveis no Triângulo Mineiro e até com excesso hídrico em algumas regiões de Minas Gerais por conta da chuva contínua", afirma Fabio Marin, coordenador do sistema TEMPOCAMPO.

Também há perspectivas positivas com a safra que está em andamento na Índia e Tailândia.

“As ideias são de que os suprimentos estejam disponíveis na Índia e na Tailândia, pois as colheitas começaram bem e os relatórios indicam que a Índia está vendendo”, disse em relatório o vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.

MERCADO INTERNO

Os preços do açúcar voltaram a subir nos últimos dias, ficando acima do patamar de R$ 148 a saca. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, recuou 0,06%, negociado a R$ 148,52 a saca de 50 kg.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 153,25 a saca - estável, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 18,88 c/lb com recuo de 0,77%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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