Açúcar recua nas bolsas de NY e Londres acompanhando safra do BR e Ásia
Os futuros do açúcar recuaram nas bolsas de Nova York e Londres nesta segunda-feira (14). O mercado do adoçante acompanha as melhores expectativas com a safra 2022/23 do Centro-Sul do Brasil, além da colheita que avança nas origens asiáticas.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 0,84%, cotado a US$ 17,66 c/lb, com máxima de 17,90 c/lb e mínima de 17,55 c/lb. Em Londres, o primeiro vencimento do adoçante caiu 1,47%, negociado a US$ 482,20 a tonelada.
Nos últimos dias, o mercado do açúcar chegou a acompanhar os temores de déficit global na oferta, retomando os níveis de US$ 18 c/lb. Apesar disso, há informações mais positivas sobre o desenvolvimento da safra 2022/23 do Centro-Sul do Brasil.
De acordo com a consultoria Datagro, até o dia 10 de fevereiro, as áreas de produção na principal região do país tinham recebido mais do que a metade do volume previsto em todo o período. Temperaturas amenas são esperadas para os próximos meses.
"Segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês), o fim do La Niña deve ser postergado um mês, com o fenômeno atuando até o trimestre entre abril e junho. Com isso, o clima nos próximos meses deve ter temperaturas mais amenas em grande parte do Centro-Sul e chuvas abaixo da normal climatológica no Sul do País", disse a consultoria em seu site de análises.
Nos fundamentos, ainda há perspectivas positivas com a safra que está em andamento na Índia e Tailândia.
“As ideias são de que os suprimentos estejam disponíveis na Índia e na Tailândia, pois as colheitas começaram bem e os relatórios indicam que a Índia está vendendo”, disse em relatório o vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.
No financeiro, o petróleo registrou alta expressiva na tarde desta segunda-feira. Apesar disso, o dólar teve leve queda sobre o real, o que tende a encorajar as exportações das commodities, mas pesa sobre os preços externos das commodities.
MERCADO INTERNO
O mercado do açúcar disparou na reta final da última semana e já se aproxima dos R$ 150 a saca. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, subiu 2,44%, negociado a R$ 148,61 a saca de 50 kg
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 153,25 a saca - estável, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 18,88 c/lb com recuo de 0,77%.
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