Petróleo despenca e açúcar acompanha com perdas moderadas em NY e Londres nesta 4ª
As cotações futuras do açúcar encerraram esta quarta-feira (03) com perdas moderadas nas bolsas de Nova York e Londres. A despencada de cerca de 3% do petróleo, além das melhores expectativas para a nova temporada pesaram.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 0,82%, negociado a US$ 19,38 c/lb, com máxima de 19,53 c/lb e mínima de 19,33 c/lb. Já em Londres, o tipo branco teve desvalorização de 0,57%, a US$ 506,30 a tonelada.
O mercado do petróleo recuava nesta tarde de quarta cerca de 3% nas bolsas internacionais acompanhando alta nos estoques norte-americanos e pressões dos produtores do óleo para aumentar a oferta disponibilizada.
"Os negociadores disseram que o mercado está pisando fundo, com fatores macroeconômicos como os preços do petróleo e o dólar ditando a direção", destacou a agência de notícias Reuters sobre as oscilações do açúcar no dia.
Um óleo mais baixo impacta nos preços da gasolina, reduzindo a competitividade sobre o etanol. Com isso, as usinas tendem a maximizar a produção de açúcar.
Ainda de acordo com a agência de notícias, o suporte está em cerca de US$ 19 c/lb, mas parece haver interesse limitado em empurrar o açúcar para mais alto do que isso.
Além disso, também houve alguma pressão no mercado com realização de lucros ante a sessão anterior. Já nos fundamentos, a atenção é para as melhores expectativas com a safra 2022/23 do Centro-Sul do Brasil diante de chuvas recentes.
"As chuvas no Centro-Sul do Brasil vieram no início de outubro e têm persistido. Mas, claro, a ameaça de um clima mais seco no final da estação chuvosa ainda persiste", destacou em seu relatório semanal a corretora Marex Spectron.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar no mercado continuam em alta no país. Segundo colaboradores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP), essa valorização recente continua atrelada à menor oferta, que persiste nesta safra 2021/22.
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, avançou 0,10%, negociado a R$ 153,04 a saca de 50 kg.
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou estável, negociado a R$ 139,92 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 19,66 c/lb com queda de 1,05%.
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