Usinas indianas precisam exportar mais açúcar sem subsídio para garantir que preços sigam firmes, diz fonte oficial
Por Rajendra Jadhav
MUMBAI, 26 de outubro (Reuters) - As usinas indianas precisam exportar de 6 a 7 milhões de toneladas de açúcar sem incentivos do governo em 2021/22 para reduzir os estoques e garantir que os preços domésticos permaneçam firmes apesar do excedente de produção, disse um funcionário do governo.
As exportações de açúcar do segundo maior produtor mundial podem limitar os preços globais, que atingiram uma alta de 4 anos e meio este mês, devido às expectativas de que a oferta do maior produtor, o Brasil, diminuirá como resultado de secas e geadas.
"As usinas de açúcar devem se beneficiar dos preços internacionais mais altos e da quantidade máxima de exportação", disse Subodh Kumar Singh, secretário adjunto do Departamento de Alimentos e Distribuição Pública, em um webinar na terça-feira.
Após embarcar um recorde de 7,2 milhões de toneladas de açúcar na temporada anterior, as usinas indianas assinaram contratos para exportar 1,8 milhão de toneladas na campanha de comercialização de 2021/2022 a partir de 1º de outubro, disse ele.
Afeganistão e Sri Lanka estavam entre os principais compradores, mas a demanda de ambos foi restringida por fatores locais e as usinas precisam encontrar novos mercados que dependam do Brasil, disse Singh.
Os preços globais do açúcar bruto precisam subir acima de 20 centavos por libra-peso para garantir que a Índia exporte de 5 a 6 milhões de toneladas no ano em curso, já que o governo não está fornecendo subsídios, disse o analista da Marex Spectron, Robin Shaw, no webinar.
Nova Delhi interrompeu o subsídio à exportação em vigor nos últimos três anos.
As usinas de açúcar devem desviar 3,5 milhões de toneladas de açúcar para produzir etanol no ano corrente e isso limitará a produção a 30,5 milhões de toneladas, mas seria maior do que o consumo local de 26,5 milhões de toneladas, disse Singh.
As exportações e o desvio para a produção de etanol podem reduzir o estoque de açúcar de 9 milhões de toneladas este ano para 7 milhões de toneladas no início da próxima campanha de comercialização, acrescentou.
(Reportagem de Rajendra Jadhav; Edição de Alexander Smith)
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