Com queda de produção no BR e financeiro, açúcar salta mais de 1% em NY e Londres
O mercado futuro do açúcar encerrou a sessão desta terça-feira (26) com altas de mais de 1% nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado acompanhou a divulgação da produção na 1ª quinzena de outubro no Centro-Sul e financeiro.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova saltou 1,39%, negociado a US$ 19,66 c/lb, com máxima de 19,69 c/lb e mínima de 19,32 c/lb. Já em Londres, o tipo branco teve valorização de 1,17%, a US$ 511,30 a tonelada.
Depois de ficar próximo da estabilidade em parte do dia, as cotações do açúcar dispararam no início da tarde depois que a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) trouxe os dados da 1ª quinzena de outubro no Centro-Sul.
A produção de açúcar recuou 56,28% nos primeiros 15 dias do mês no Centro-Sul, a 1,15 milhão de toneladas. Já a quinzenal de etanol hidratado, por sua vez, alcançou 647 milhões de litros, registrando queda de 50,68%.
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"Apesar dos preços atrativos do açúcar no mercado externo, as unidades açucareiras deixaram de produzir mais de 1 milhão de toneladas do adoçante como resultado da alteração no seu mix de produção, procurando atender seus compromissos com os contratos de açúcar e, concomitantemente, aumentar a oferta de etanol no mercado interno", disse o executivo da Unica, Antonio de Padua Rodrigues.
Ainda nos fundamentos, o mercado também acompanhou a divulgação das estimativas da consultoria Datagro para a nova temporada de cana-de-açúcar do Centro-Sul do Brasil. Apesar de melhora, os números ainda ficaram distantes de 2020/21.
A moagem de cana-de-açúcar na safra 2022/23 (abril-março) do Centro-Sul deve se recuperar para algo entre 530 e 565 milhões de toneladas, após quebra histórica na temporada anterior (518,6 milhões de t).
"Uma quebra dessa magnitude nunca foi registrada na história do setor", disse o presidente da Datagro, Plinio Nastari, sobre a temporada que está sendo finalizada.
No financeiro, o mercado do adoçante também teve suporte do petróleo no cenário internacional, apesar de uma valorização do dólar sobre o real que tende a impactar as exportações das commodities pelo Brasil.
MERCADO INTERNO
Depois de bater recorde, o mercado do açúcar no Brasil busca acomodação, mas ainda focado na oferta limitada. "A liquidez foi menor nos últimos dias, com poucos negócios envolvendo grandes volumes para entrega imediata", disse o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, saltou 0,46%, negociado a R$ 149,44 a saca de 50 kg.
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar subiu 1,08%, negociado a R$ 139,43 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 19,63 c/lb e alta de 1,67%.
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