Açúcar bruto perde mais de 1% nesta 5ª feira na Bolsa de Nova York
As cotações futuras do açúcar recuaram nas bolsas de Nova York e Londres nesta sessão de quinta-feira (14). O mercado sentiu pressão técnica depois de não conseguir avançar acima da resistência de US$ 20,01 c/lb e segue atento para a demanda.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 1,36%, cotado a US$ 19,59 c/lb, com máxima de 20,01 c/lb e mínima de 19,48 c/lb. No terminal de Londres, o tipo branco registrou baixa de 0,23%, a US$ 512,90 a tonelada.
O mercado acabou fechando o dia em baixa nas bolsas internacionais, após chegar a avançar expressivamente pela manhã com máximas na casa dos US$ 20 c/lb, mas não conseguiu se sustentar. Também há temores relacionados com a demanda.
O line-up de açúcar do Brasil, programação de embarques pelos portos, por exemplo, caiu para 1,71 milhão de toneladas na semana até 13 de outubro, ante 1,78 milhão de t na semana anterior, segundo dados da agência marítima Williams Brasil.
Também há algum posicionamento mais cauteloso por parte dos produtores nas principais origens produtoras da commodity.
"O maior produtor - o Brasil - não quer se ver excessivamente comprometido com o açúcar como fizeram no ano passado, em parte porque o volume de açúcar a ser produzido e protegido em 2022 novamente parece pequeno", disse em nota a Marex.
Neste início de semana, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) trouxe que a produção de açúcar no Centro-Sul caiu 19% na segunda quinzena de setembro, para 2,31 milhões de toneladas. A produção quinzenal de hidratado, por sua vez, alcançou 1,14 bilhão de litros, registrando queda de 18,29%.
"Os revendedores disseram que a queda na produção foi um pouco menor do que o esperado e que o açúcar continua em alta no geral", destacou a Reuters internacional.
No financeiro, esta tarde era marcada por valorização do petróleo, dando algum suporte ao adoçante nos mercados externos, além de desvalorização do dólar sobre o real, o que tende a impactar as exportações da commodity.
MERCADO INTERNO
Em meio demanda aquecida, mas baixa oferta, o açúcar segue valorizado no Brasil. Como referência, no último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, saltou 2,09%, negociado a R$ 147,69 a saca de 50 kg.
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou estável, a R$ 135,14 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,45 c/lb com alta de 0,20%.
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