Açúcar recua em NY e Londres nesta 4ª com peso do petróleo e câmbio
As cotações futuras do açúcar encerraram esta quarta-feira (13) com perdas nas bolsas de Nova York e Londres depois de máximas históricas testadas nos últimos dias. O dia foi de pressão com o petróleo e oscilações do câmbio, além de movimento técnico.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 1,05%, cotado a US$ 19,86 c/lb, com máxima de 20,15 c/lb e mínima de 19,83 c/lb. No terminal de Londres, o tipo branco registrou baixa de 0,56%, a US$ 514,10 a tonelada.
Depois de máximas histórias neste início de semana com atenção para as origens, o açúcar perdeu forças acompanhando as perdas do petróleo no cenário internacional e valorização do dólar sobre o real, além questões técnicas.
Os preços do petróleo caíam levemente neste início de tarde à medida em que aumenta a percepção de que a demanda pode ser afetada pela inflação e os problemas da cadeia de abastecimento que pressionam as economias, segundo a Reuters.
Um óleo mais baixo impacta nos preços da gasolina, desfavorecendo a competitividade com o etanol. Com isso, as usinas tendem a elevar a produção do adoçante. Já o dólar valorizado dá suporte às exportações.
Por outro lado, nos fundamentos, o mercado segue trabalhando com ideia de um déficit global na temporada 2021/22 depois de quebra na safra brasileira, mas algum suporte para o cenário de oferta e demanda com a chegada da safra indiana.
“O reduzido potencial de produção do Brasil ainda está impactando o mercado. A Índia não está oferecendo porque os preços mundiais estão bem abaixo dos preços domésticos e também teve alguns problemas climáticos”, destacou em relatório o analista da Price Futures Group, Jack Scoville.
Além disso, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) trouxe nesta manhã de quarta que a produção de açúcar no Centro-Sul caiu 19% na segunda quinzena de setembro, para 2,31 milhões de toneladas.
A produção quinzenal de hidratado, por sua vez, alcançou 1,14 bilhão de litros, registrando queda de 18,29%.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar no mercado físico seguem em alta em meio demanda aquecida e oferta restrita. Como referência, no último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, caiu 0,10%, negociado a R$ 144,67 a saca de 50 kg.
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou estável, a R$ 135,14 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,45 c/lb com alta de 0,20%.
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