Cotações do açúcar fecham no campo misto em NY e Londres nesta 4ª feira
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta quarta-feira (06) no campo misto nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado sentiu a pressão do petróleo e movimentos técnicos, mas segue atenção para as origens.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 0,40%, cotado a US$ 19,77 c/lb, com máxima de 19,87 c/lb e mínima de 19,65 c/lb. No terminal de Londres, o tipo branco registrou alta de 0,20%, a US$ 508,50 a tonelada.
Após disparada na véspera, dando suporte ao açúcar, os futuros do petróleo caíam mais de 1,5% nesta tarde nas bolsas internacionais, dando pressão ao adoçante, em meio aumento dos estoques de petróleo nos Estados Unidos.
O óleo mais baixo tende a derrubar os preços da gasolina, um derivado do fóssil. Com isso, o etanol perde competitividade sobre o combustível e as usinas aumentam a oferta disponível de açúcar no mercado global.
Mesma com a queda no dia, a tendência para o petróleo é de alta. "A gente pode esperar um petróleo a US$ 90 o barril ao longo do próximo mês... Isso tudo vai impactar no mercado de etanol aqui", destacou Maurício Muruci, analista da Safras & Mercado.
O mercado também sentiu alguma pressão ante a valorização do dólar sobre o real, o que encoraja as exportações.
Por outro lado, o suporte ao mercado segue com a chegada da safra asiática e os impactos no Brasil. A Índia registrou danos na safra de cana-de-açúcar em alguns estados por conta de fortes chuvas. Já no Brasil, a estiagem prolongada segue impactando as lavouras.
"O Brasil está finalizando uma safra quebrada, enquanto a Índia está iniciando uma safra volumosa, mas ela não iniciou ainda", disse Muruci, analista da Safras & Mercado.
A trading inglesa Czarnikow divulgou na véspera que a produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil poderá se recuperar ligeiramente na próxima temporada, para 32,9 milhões de toneladas, ante 32,5 milhões de toneladas na safra atual.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar continuam oscilando positivamente, mas com poucos negócios registrados. Como referência, na véspera, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, saltou 0,25%, negociado a R$ 142,86 a saca de 50 kg.
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou estável, a R$ 137,90 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB cotado a US$ 20,68 c/lb com alta de 0,81%.
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