Previsão de frio no BR faz açúcar subir mais de 1% nesta 2ª feira na Bolsa de NY
Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta segunda-feira (26) com alta expressiva na Bolsa de Nova York, mas queda em Londres. O dia foi marcado pela previsão de frio em áreas produtoras nos próximos dias, além de atenção ao financeiro.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York registrou valorização de 1,38%, cotado a US$ 18,42 c/lb, com máxima de 18,64 c/lb e mínima de 17,77 c/lb. O tipo branco em Londres teve desvalorização de 0,28%, a US$ 456,40 a tonelada.
Com previsão de retorno do frio ao Centro-Sul do Brasil nos próximos dias, retomam os temores do mercado com geadas, já que nos últimos dias foi registrada a condição em algumas lavouras. A safra 2021/22 já vem sendo impactada por seca adversa.
"A gente tem um pouco de dúvida em relação à potência desse frio que vai chegar, mas ele vai chegar, vai cobrir todo o Centro-Sul do Brasil", prevê João Castro, meteorologista da Climatempo.
Apesar dos temores com a nova onda de frio, parte do mercado considera que não devem haver impactos para a safra, já que algumas áreas estão com colheita finalizada da nova temporada, diferente da cultura do café, por exemplo.
"O fato de os preços do açúcar terem respondido de forma mais moderada (às geadas no Brasil) se deve, não menos, à maior resistência da cana-de-açúcar em comparação com o café", disse em nota Commerzbank.
Por outro lado, no financeiro, o mercado sente pressão da desvalorização do petróleo. Apesar disso, o dólar comercial recuava sobre o real, o que tende a desencorajar as exportações e dá suporte sobre os preços externos das commodities.
O mercado também monitora as informações da demanda. A BP Bunge Bioenergia, uma das líderes do mercado nacional de bioenergia e açúcar, prevê que a safra 2021/22de cana-de-açúcar deve terminar com quase 40% da produção de etanol do tipo anidro.
Mercado interno
O índice de referência do mercado físico do açúcar voltou a recuar no fim da última semana em São Paulo. O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve desvalorização de 0,39%, com a saca de 50 kg cotado a R$ 116,96.
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou estabilidade, a R$ 133,74 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB cotado do tipo a US$ 17,79 c/lb.
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