Com geadas no BR, açúcar fecha semana com alta de quase 5% em NY
As cotações futuras do açúcar fecharam esta sexta-feira (02) com altas expressivas na Bolsa de Nova York, dando suporte para valorização de quase 5% na semana. A atenção nos últimos dias esteve voltada para geadas no cinturão produtivo do Centro-Sul do Brasil, além de foco no financeiro.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York registrou valorização de 1,17%, cotado a US$ 18,15 c/lb nesta sessão, com máxima de 18,34 c/lb e mínima de 17,89 c/lb. Enquanto que o tipo branco em Londres teve queda de 0,09%, a US$ 450,30 a tonelada, mas alta nos demais contratos.
Na semana, o mercado registrou valorização de quase 5%.
Desde o início da semana, o mercado do açúcar nos terminais externos acompanha os temores do setor produtivo com geadas registradas nos principais estados produtores, inclusive no Brasil central, mas os possíveis efeitos da condição podem aparecer apenas nos próximos dias.
"Vamos continuar atentos em como os canaviais vão reagir e qual será o impacto no seu TCH [toneladas de colmos por hectare] e ATR [açúcar total recuperável]", disse a trading inglesa Czarnikow em relatório.
Novo corte na safra do Centro-Sul pela Czarnikow e demanda também são monitorados - Foto: Unica
Por outro lado, o frio deve dar uma trégua nos próximos dias nas áreas produtoras. "As temperaturas (estão) previstas para voltar ao normal (no Brasil). Porém, qualquer dano à cana está feito e as avaliações serão filtradas nos próximos dias", disse o Commonwealth Bank of Australia à Reuters.
O mercado também encontrou suporte nesta sexta-feira do financeiro com ganhos leves a moderados do petróleo sendo registrados, além de uma desvalorização do dólar sobre o real. Um dólar mais fraco tende a desencorajar as exportações das commodities e dá suporte aos preços internacionais.
Durante a semana, outra informação que também contribuiu para os ganhos foi o corte nas estimativas da Czarnikow para safra de cana do Centro-Sul. A estimativa de produção foi reduzida para 34,1 milhões de toneladas ante projeção de 35,6 milhões de t do levantamento de abril.
A demanda também é acompanhada. Em junho, o Brasil exportou 2,75 milhões de t de açúcar, contra 2,71 milhões do mesmo mês de um ano atrás.
Mercado interno
Depois de dois dias seguidos de queda, o índice Cepea para o açúcar voltou a subir na véspera. Como referência, na véspera, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve valorização de 1,10%, cotado a R$ 114,82 a saca de 50 kg.
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou estabilidade, a R$ 132,65 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB cotado do tipo a US$ 18,69 c/lb com valorização de 1,76%.
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