França não vê solução fácil para doença da beterraba sacarina sem neonicotinóides
Nenhuma das alternativas aos neonicotinóides para proteger as plantações de beterraba funciona bem o suficiente por conta própria, disse a agência de saúde francesa ANSES nesta quarta-feira (02), enquanto o país busca maneiras de dispensar o produto químico considerado prejudicial às abelhas.
A França suspendeu a proibição do uso de neonicotinóides nas plantações de beterraba sacarina até 2023, o mais tardar, para ajudar os agricultores e fabricantes de açúcar que viram uma queda na produção após a disseminação do vírus amarelo por pulgões em campos devastados por todo o país.
A França é o maior produtor de beterraba açucareira da União Europeia e abriga alguns dos maiores produtores de açúcar do bloco, incluindo a Tereos e a Cristal Union.
A ANSES disse que identificou quatro soluções de curto prazo para substituir os neonicotinóides. Trata-se de dois produtos convencionais de proteção de plantas com propriedades inseticidas, juntamente com duas técnicas de cultivo - cobertura morta e fertilização orgânica - em áreas cultivadas para reduzir as populações de pulgões.
Entre as soluções de longo prazo, citou produtos fitofarmacêuticos sintéticos de origem natural; microorganismos; insetos predadores ou parasitóides que colocam seus ovos dentro de pulgões; óleos vegetais e minerais que fornecem proteção física para beterraba; e métodos de cultivo que combinam o cultivo de beterraba com outras plantas.
"A maioria das soluções alternativas consideradas substituíveis por neonicotinóides mostram eficácia, mas insuficiente, quando usadas sozinhas, para reduzir os níveis de danos a um limite econômico aceitável", disse a ANSES em parecer publicado na quarta-feira.
O uso de neonicotinóides foi proibido na maioria das plantações na União Europeia como parte dos esforços para conter o declínio no número de abelhas.
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