Cotações do açúcar recuam nesta 6ª em NY e Londres com pressão do petróleo e dólar
O mercado do açúcar encerrou esta sexta-feira (12) com queda nas bolsas de Nova York e Londres. O dia foi marcado por queda do petróleo e valorização do dólar ante o real, além de acompanhamento da oferta global e movimento de realização de lucros.
O principal vencimento do açúcar na Bolsa de Nova York caiu 1,41%, cotado a US$ 16,13 c/lb, com máxima de 16,30 c/lb e mínima de 16,07 c/lb. O branco em Londres finalizou a sessão com perdas de 0,78%, a US$ 459,50 a tonelada. No acumulado da semana, o mercado do açúcar bruto em NY perdeu 1,77%.
Depois da alta expressiva na sessão anterior, os futuros do açúcar no terminal externo caíram de forma moderada em Londres e expressivamente em Nova York com movimento de realização de lucros, mas principalmente acompanhando o petróleo e o câmbio.
Por volta das 15h, o petróleo WTI e o Brent tinham queda leve, cotados em cerca de US$ 65 e US$ 69 o barril, respectivamente. O dólar subia aproximadamente 0,60% sobre o real, cotado a R$ 5,56741. A moeda mais forte ante o real tende a encorajar as exportações.
No acumulado da semana, o mercado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York perdeu 1,77% - Foto: Unica
No caso de queda do petróleo, a gasolina tende a ficar mais competitiva sobre o etanol, fazendo com que as usinas destinem maior parte da produção para o açúcar, elevando a oferta do adoçante no mercado global.
Além disso, também há o acompanhamento das primeiras projeções de oferta global para a temporada 2021/22 de açúcar. A consultoria Datagro projetou nesta semana a tendência de um leve superávit de cerca de 1 milhão de t, mas ainda muito dependente da safra nas origens.
"Apesar de um superávit, isso é muito pouco. Qualquer questão climática no Centro-Sul do Brasil, por exemplo, pode virar esse número para baixo", disse Bruno Freitas, analista da Datagro, em apresentação na quarta-feira (10) em evento on-line.
Para o Brasil, a consultoria vê números menores para a produção de cana, moagem de açúcar e para o etanol na nova safra.
Mercado interno
O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, fechou com alta de 1,50%, a R$ 107,93 a saca de 50 kg na quinta-feira (11).
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