Plantio da soja tem início no dia 25 de setembro em Goiás
A partir da próxima segunda-feira (25/09), os produtores já podem iniciar a semeadura da soja em Goiás. É que com o fim do vazio sanitário da cultura, em 24 de setembro, está liberado o plantio do grão em território goiano até 2 de janeiro de 2024.
Durante 90 dias (27/06 a 24/09), os agricultores não puderam plantar ou manter plantas vivas de soja em qualquer fase de desenvolvimento em lavouras. O foco foi evitar a proliferação da ferrugem asiática, já que plantas que nascem nas áreas cultivadas após a colheita da safra, conhecidas como “tiguera da soja”, podem se tornar hospedeiras do fungo causador da doença e, por isso, tiveram que ser eliminadas. A medida segue a Instrução Normativa nº 02, de abril de 2022, do Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa).
A ação fitossanitária é importante, porque contribui para garantir a sanidade vegetal no Estado, que hoje é o terceiro maior produtor de soja e de grãos do País, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Inclusive a previsão é que Goiás encerre a safra 2022/2023 com 17,7 milhões de toneladas de soja, o que representa 345 mil toneladas a mais que na safra passada (alta de 2%).
O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, ressalta que durante a vigência do vazio sanitário o produtor mostrou novamente que respeita o calendário estabelecido para o Estado e que segue medidas fitossanitárias para evitar que pragas e doenças possam acometer as lavouras goianas. “O agricultor sabe que é importante cumprir os prazos e reconhece como essa medida traz retorno para a atividade agrícola. Agora, a partir da próxima segunda-feira, ele volta ao campo para iniciar o plantio da soja e temos certeza que será uma safra de excelente produtividade”, enfatiza.
Prevenção
No dia 3 de agosto deste ano, o Mapa publicou a Portaria nº 865 que revisa e atualiza os procedimentos previstos no Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS), que objetiva o fortalecimento do sistema de produção agrícola da soja, congregando ações estratégicas de defesa sanitária vegetal com suporte da pesquisa agrícola e da assistência técnica na prevenção e controle da praga.
A nova regulamentação busca promover ajustes no modelo de governança do programa, conferindo à Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) maior autonomia no estabelecimento das medidas de prevenção e controle da doença, na condição de Instância Central e Superior do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa).
Entre as medidas fitossanitárias previstas no PNCFS: o vazio sanitário, é definido como um período contínuo de pelo menos 90 dias durante o qual não se pode semear ou manter plantas vivas de uma espécie vegetal em uma determinada área, visando a redução do inóculo de doenças ou população de uma determinada praga. Já o calendário de semeadura da soja, é recomendado pela pesquisa científica como medida que visa a racionalização do número de aplicações de fungicidas e a consequente redução dos riscos de desenvolvimento de resistência do fungo causador da doença.
Assim como nos demais programas oficiais de prevenção e controle de pragas, as particularidades regionais podem ser consideradas, conforme as excepcionalidades previstas no ato normativo, sem que, no entanto, comprometam a sustentabilidade da cadeia produtiva como um todo.
0 comentário
Pátria: Plantio da soja 2024/25 chega a 83,29% da área
Soja tem cenário de sustentação em Chicago agora, principalmente por força da demanda
USDA informa novas vendas de soja nesta 6ª feira, enquanto prêmios cedem no Brasil
Soja opera estável nesta 6ª em Chicago, mas com três primeiros vencimentos abaixo dos US$ 10/bu
Soja volta a perder os US$ 10 em Chicago com foco no potencial de safra da América do Sul
USDA informa nova venda de soja - para China e demaisa destinos - e farelo nesta 5ª feira