Soja: Com clima adverso nos EUA, Chicago tem altas de dois dígitos nesta 3ª
Os números sobre o avanço do plantio da soja nos EUA que foram divulgados ontem, após o fechamento do pregão, ajudam na recuperação dos preços nesta terça-feira (14) na Bolsa de Chicago. As cotações, por volta de 7h45 (horário de Brasília), subiam mais de 15 pontos, com o julho já voltando aos US$ 8,17 por bushel.
"O mercado recebe suporte de especuladores preocupados com o clima nos EUA. O plantio no centro-oeste americano continua bem atrasado", diz Steve Cachia, diretor da Cerealpar.
A semeadura da soja está concluída em apenas 9% da área no país, contra expectativas que variavam de 14% a 15%. Na semana anterior, o total era de 6%. No ano passado, a área plantada já era de 32% e a média dos últimos cinco anos é de 29%.
As condições de clima ainda não permitem que os trabalhos de campo caminhem em seu ritmo normal e os atrasos já são consideráveis.
No mais, a soja ainda passa por um movimento de recuperação técnica, ainda segundo Cachia, diante das baixas da sessão anterior.
E mesmo focado no clima nesta terça, os traders não desviam seus olhos da guerra comercial entre China e EUA. As tensões foram intensificadas nos últimos dias e agora o mercado espera por um possível encontro entre Donald Trump e Xi Jinping na cúpula do G20, no final de junho.
"Com tanta coisa negativa pressionando o mercado de soja no momento - guerra comercial piorando, gripe suína reduzindo demanda da China e estoques americanos recordes - e derrubando as cotações ao menor nível em 11 anos, o mercado ensaia recuperação técnica", completa o analista.
Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:
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