Na Reuters: Importação chinesa de soja pode cair pela 1ª vez em uma década, diz executivo da Cargill

Publicado em 17/09/2015 12:04

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NINGBO, China (Reuters) - As importações de soja pela China podem cair pela primeira vez em uma década na safra 2015/16 devido a uma desaceleração na demanda por ração para animais no maior comprador do grão no mundo, disse um operador da gigante de commodities Cargill nesta quinta-feira.

As importações também poderiam ser afetadas pela depreciação da moeda chinesa, que aumentou custos, disse Frank Zhou, gerente geral de trading da Cargill Investment, em uma conferência da indústria.

"A demanda da China alcançou seu limite no curto prazo e há espaço limitado para crescimento adicional no futuro, mas pode haver risco de queda", disse Zhou.

O movimento de urbanização na China desacelerou, enquanto criadores de suínos podem demorar mais para reconstruir seus rebanhos depois de perdas recentes.

A China importa mais de 60 por cento da soja negociada globalmente. O Brasil, maior exportador global da oleaginosa, foi o maior fornecedor do produto para os chineses no ano passado.

O Centro Nacional da China para Informação de Grãos e Óleos (CNGOIC), um órgão oficial, projetou uma alta de 1 milhão de toneladas nas importações da oleaginosa pelo país, para 78 milhões de toneladas no ano que encerra em setembro de 2016.

Outros operadores disseram na conferência que as importações devem ficar estáveis, em 77 milhões de toneladas, em 2015/16.

(Por Niu Shuping e Dominique Patton)

China reduz ritmo de importação de soja dos EUA

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SÃO PAULO (Reuters) - O ritmo recorde de importações de soja pela China está perdendo fôlego, no que provavelmente será um golpe para exportadores dos Estados Unidos, que normalmente enviam 40 por cento de sua safra anual para os chineses, maiores compradores do mundo no período de outubro a dezembro.

Já sem contar com o mercado aquecido visto em julho, as chegadas mensais na China devem cair mais, conforme margens negativas de esmagamento forçam processadoras a controlar os gastos.

A disponibilidade de um amplo suprimento barato da América Latina neste ano torna o cenário ainda pior para os exportadores norte-americanos, o que conduziu os preços de referência em Chicago a mínimas em seis anos.

"O que vimos em julho está acabado", disse o gerente de uma trading internacional em Cingapura, referindo-se às compras chinesas. "No quarto trimestre, vamos apenas alcançar as importações do ano passado."

As vendas do Brasil para a China estavam cotadas em 375 dólares a tonelada, incluindo custo e frete, para chegada entre fevereiro e março, contra grãos norte-americanos oferecidos ao redor de 400 dólares.

"As vendas de soja dos EUA vão crescer apenas gradualmente. As vendas neste ano foram afetadas por uma temporada estendida nos mercados da América do Sul. A margem de moagem para a soja norte-americana ainda é negativa, enquanto a depreciacão do iuan aumentou os custos de importação", disse Monica Tu, uma analista na consultoria Shanghai JC Intelligence.

(Por Naveen Thukral and Niu Shuping)

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Fonte:
Reuters

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