Soja: Frente à previsão de chuvas no Meio-Oeste, preços fecham sessão com altas acentuadas na CBOT
As cotações futuras da soja negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o pregão desta quinta-feira (4) com altas mais acentuadas. As principais posições da oleaginosa ampliaram as valorizações ao longo do dia e registraram ganhos entre 9 a 11,25 pontos. O vencimento novembro/15, referência para a safra dos Estados Unidos, era cotado a US$ 9,24 por bushel.
De acordo com informações do site internacional Farm Futures, as previsões climáticas indicando mais chuvas para o Meio-Oeste dos EUA deram suporte aos preços, já que pode atrasar o plantio do grão. Além disso, as previsões projetam a continuidade das precipitações nos próximos 6 a 10 dias na região.
Até o último domingo (31), a semeadura da soja estava completa em 71% da área, conforme dados do relatório de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). No mesmo período do ano passado, o plantio já alcançava 75%. O órgão atualiza os seus números na próxima segunda-feira (8).
Outro fator que também contribuiu para os ganhos da oleaginosa nesta 5ª feira foi a queda do dólar frente a outras moedas. Nos últimos dias, o comportamento do dólar tem sido acompanhado pelo mercado e dado sustentação aos futuros da commodity.
Enquanto isso, o relatório do USDA indicou as vendas da safra velha em 130,3 mil toneladas do grão, até a semana encerrada no dia 28 de maio. O volume representa uma queda de 60% em relação à semana anterior, na qual, as vendas somaram 322,5 mil toneladas e, um recuo de 42% em comparação com a média das últimas quatro semanas.
No período, o Japão foi o principal comprador do produto norte-americano, com a aquisição de 113,5 mil toneladas. Com o reporte dos novos números, o acumulado de vendas no ano comercial 2014/15 totaliza 50.099,2 milhões de toneladas, contra os 48.99 milhões de toneladas projetados pelo departamento norte-americano.
Em contrapartida, as vendas da safra nova registraram um aumento expressivo e ficaram em 347,0 mil toneladas do grão no mesmo período. Na semana anterior, o volume indicado foi de 55,1 mil toneladas do grão.
* Devido ao feriado de Corpus Christi, comemorado nesta quinta-feira, não houve negociação no Brasil. Os negócios serão retomadas nesta sexta-feira.
Mercado interno
Dólar e Mercado Brasileiro - Após bater em R$ 3,18 no início da semana, a moeda americana perdeu força nos últimos dias e, nesta quarta, fechou em R$ 3,12.
Com a semana mais curta no Brasil e às vésperas do feriado desta quinta-feira, 2 de junho, o mercado de câmbio se apresentou mais morno esperando, principalmente, os indicadores que saem hoje sobre a economia dos EUA e a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre o futuro da taxa básica de juros do Brasil. A perspectiva é de uma alta de 0,5 ponto percentual para 13,75% ao ano. Além disso, o mercado digere a decisão de Banco Central Europeu de manter os juros na Europa em 0,05%.
Com o dólar mais fraco, os negócios esfriaram no Brasil também e alguma reação das cotações em Chicago são, novamente, neutralizadas, pelo recuo do câmbio. Assim, nesta quarta-feira, os preços da soja disponível nos portos de Paranaguá e Rio Grande fecharam o dia entre R$ 68,00 e R$ 68,10, respectivamente. Para o produto da safra nova, valores de R$ 72,00 e R$ 73,00 por saca.
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