Soja: Após perdas recentes, mercado amplia ganhos na CBOT nesta 5ª feira
Ao longo das negociações dessa quinta-feira (4), os futuros da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) estenderam os ganhos. As principais posições da oleaginosa exibiam altas de mais de dois dígitos, por volta das 13h48 (horário de Brasília). O vencimento novembro, referência para a safra dos Estados Unidos, era negociado a US$ 9,24 por bushel, com valorização de 9,50 pontos.
Mais uma vez, a queda do dólar no cenário internacional acaba dando suporte aos preços da soja, conforme destaca o site Farm Futures. Nos últimos dias, o comportamento do dólar tem sido acompanhado pelo mercado e dado sustentação aos futuros da commodity.
Enquanto isso, o relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), indicou as vendas da safra velha em 130,3 mil toneladas do grão, até a semana encerrada no dia 28 de maio. O volume representa uma queda de 60% em relação à semana anterior, na qual, as vendas somaram 322,5 mil toneladas e, um recuo de 42% em comparação com a média das últimas quatro semanas.
No período, o Japão foi o principal comprador do produto norte-americano, com a aquisição de 113,5 mil toneladas. Com o reporte dos novos números, o acumulado de vendas no ano comercial 2014/15 totaliza 50.099,2 milhões de toneladas, contra os 48.99 milhões de toneladas projetados pelo departamento norte-americano.
Em contrapartida, as vendas da safra nova registraram um aumento expressivo e ficaram em 347,0 mil toneladas do grão no mesmo período. Na semana anterior, o volume indicado foi de 55,1 mil toneladas do grão.
Confira o fechamento do mercado nesta quarta-feira:
Soja tem sessão de volatilidade nesta 4ª feira e fecha em campo negativo na Bolsa de Chicago
Por Carla Mendes
Depois de uma sessão de volatilidade e, ao mesmo tempo, oscilações tímidas, o mercado internacional da soja, nesta quarta-feira (3), fechou em campo negativo na Bolsa de Chicago. Os negócios chegaram a testar o lado positvio da tabela ao longo da sessão, porém, voltaram a recuar e as baixas entre as posições mais negociadas ficaram entre 2 e 5 pontos. Assim, o contrato novembrio/15, referência para a safra dos Estados Unidos, fechou o dia acima dos US$ 9,10 por bushel.
O mercado segue observando, segundo analistas, dois fatores com mais atenção nesse momento: o andamento do dólar no quadro internacional e o impacto do comportamento climático na nova safra dos Estados Unidos. Com isso, apesar de variações não tão expressivas, os negócios apresentam considerável volatilidade nesta sessão.
Para o Meio-Oeste americano, as previsões seguem indicando chuvas pesadas em regiões importantes de produção de grãos e os traders as observam com atenção e cautela. Os últimos mapas apontam para tempestades se direcionando do Nebraska e Dakota do Sul para o estado de Iowa, um dos mais importantes e maiores produtores de soja. Segundo o noticiário internacional, há até mesmo o risco de inundações em partes de Iowa.
Já nas regiões mais ao norte do Meio-Oeste, o tempo deverá ficar mais seco novamente, segundo as previsões para os intervalos dos próximos 6 a 10 e 8 a 14 dias. Nas demais regiões, grande probabilidade de chuvas dentro ou acima da média.
E são condições como estas que poderiam, caso continuem, reduzir o ritmo dos trabalhos de campo no Corn Belt nos próximos dias, resultando em um avanço menor do que o esperado a ser reportado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na próxima segunda-feira (8), quando também serão divulgados os primeiros índices de condições das lavouras de soja norte-americanas. Assim, ainda segundo explicam analistas, é em tempos de mercado climático que o mercado deve ser observado com ainda mais cautela e atenção.
Dólar e Mercado Brasileiro - Após bater em R$ 3,18 no início da semana, a moeda americana perdeu força nos últimos dias e, nesta quarta, fechou em R$ 3,12.
Com a semana mais curta no Brasil e às vésperas do feriado desta quinta-feira, 2 de junho, o mercado de câmbio se apresentou mais morno esperando, principalmente, os indicadores que saem hoje sobre a economia dos EUA e a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre o futuro da taxa básica de juros do Brasil. A perspectiva é de uma alta de 0,5 ponto percentual para 13,75% ao ano. Além disso, o mercado digere a decisão de Banco Central Europeu de manter os juros na Europa em 0,05%.
Com o dólar mais fraco, os negócios esfriaram no Brasil também e alguma reação das cotações em Chicago são, novamente, neutralizadas, pelo recuo do câmbio. Assim, nesta quarta-feira, os preços da soja disponível nos portos de Paranaguá e Rio Grande fecharam o dia entre R$ 68,00 e R$ 68,10, respectivamente. Para o produto da safra nova, valores de R$ 72,00 e R$ 73,00 por saca.
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