Em Chicago, soja ainda opera em campo negativo à espera de informações da safra dos EUA
Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago nesta segunda-feira (1) seguem operando em campo negativo. Apesar de ter apresentado alguma tentativa de voltar à estabilidade no meio da manhã, as cotações voltaram a recuar e, por volta das 13h (horário de Brasília), os principais vencimentos perdiam entre 3 e 5,50 pontos, com o novembro/15 valendo US$ 9,02 por bushel.
Na primeira sessão da semana, os negócios voltaram-se à espera pelas novas informações sobre a safra dos Estados Unidos que serão reportadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em seu novo boletim de acompanhamento de safras a ser reportado hoje após o fechamento do pregão. E a expectativas dos analistas é de que o plantio da soja venha concluído em algo entre 75 e 80% da área.
E, por enquanto, as condições climáticas nas principais regiões produtoras do país se mostra, favoráveis para os trabalhos de campo. "A não ser que haja uma mudança substancial nas próximas semanas (no clima dos EUA), a tendência é de baixa no mercado americano, até porque já percebemos que possa haver um deslocamento dos compradores para a América do Sul, tanto para o Brasil quanto para a Argentina, e isso também deve fazer com que os preços permaneçam em queda nos EUA", acredita o analista de mercado da Cerrado Corretora, Mársio Ribeiro.
Paralelamente, ainda nesta segunda, os traders trabalham também com os números trazidos pelo USDA sobre os embarques semanais dos Estados Unidos, os quais ficaram abaixo das expectativas do mercado. O volume, na semana que terminou em 28 de maio, ficou em 73,19 mil toneladas, enquanto as projeções variavam de 140 mil a 270 mil toneladas. E, na semana anterior, o total foi de 302,193 mil.
No entanto, o departamento americano mostrou ainda que, no acumulado do ano comercial, os embarques norte-americanos já chegam a 46.955,179 milhões de toneladas, contra 42.120,158 milhões do mesmo período da temporada anterior. E a projeção do USDA para as exportações totais da safra é de 48,99 milhões de toneladas. Apesar disso, as vendas já passam de 50 milhões e o ano comercial só se encerra em 31 de agosto.
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