Soja volta a atuar com pouca movimentação em Chicago nesta 4ª, mas ainda com volatilidade
O mercado internacional da soja segue atuando com significativa volatilidade na Bolsa de Chicago e, depois de registrar algumas altas mais fortes no início da sessão, voltou a exibir oscilações mais limitadas. Nesta quarta-feira (27), por volta das 13h40 (horário de Brasília), os principais vencimentos trabalhavam com oscilações entre 0,50 ponto negativo e 0,50 ponto positivo.
O mercado testou uma recuperação depois das ligeiras baixas registradas na sessão anterior e parece ter recebido sem muito pânico os últimos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) sobre o plantio da nova safra de soja no país, segundo explicam analistas.
Segundo o último reporte do departamento, a semeadura da soja dos Estados Unidos evoluiu, até o último domingo (24), para 61% da área, contra 45% da semana passada e 55% do registrado no mesmo período do ano anterior. A média dos últimos cinco anos para esse intervalo também é de 55% e as expectativas do mercado variavam entre 60 e 65%.
"A expectativa era que talvez (o plantio) pudesse avançar um pouco mais no plantio, e essa especulação - mesmo que tenha havido algum tipo de problema climático no final de semana, deve ter sido em locais isolados - foi suficiente para deixar o mercado em alta, enquanto em um dia normal teria sido o mercado caindo ainda mais", explica o consultor de mercado Steve Cachia, da Cerealpar.
O USDA informou ainda que 32% das lavouras de soja já emergiram, contra o número de 13% da semana anterior, de 23% do ano passado e de 25% da média dos últimos cinco anos.
É opinião comum entre os analistas que nesse momento o foco do mercado internacional de grão continua sendo o desenvolvimento da safra americana e, ao mesmo tempo, o impacto sobre as atuais condições climáticas sobre as lavouras.
Até o momento, nenhuma surpresa climática está prevista para as principais regiões produtoras, com exceção de uma ligeira preocupação com o frio nas áreas mais ao norte e o excesso de chuvas no sul. No entanto, problemas maiores com o impacto desse cenário ainda não foram reportados.
Para Fernando Pimentel, analista da Agrosecurity, com as expectativas de uma safra cheia nos Estados Unidos, o mercado poderia testar o patamar dos US$ 9,00 por bushel nos próximos dias, principalmente nas posições mais distantes. Já as posições mais próximas, ainda de acordo com analsitas, seguem encontrando um leve suporte nos números da safra 2014/15, principalmente os de indicação da demanda.
Assim, ainda segundo Cachia,o cenário técnico para os preços da soja na Bolsa de Chicago é baixista, porém, nas próximas semanas, até que seja definida a safra norte-americana, o mercado poderia ver uma reação pontual - embora sem consolidar uma tendência - possa impedir que o "mercado ainda mais tão cedo nessa temporada".
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