Soja: Contrato Maio/15 finaliza negócios na CBOT e, com prêmios, registra máxima de US$ 10,86
Nesta sexta-feira (15), terminou a vigência do contrato MAIO na Bolsa de Chicago (principal referência para a safra sulamericana) e, contrariando as expectativas de alguns, o contrato saiu da tela da CBOT acima dos US$ 9,50 por bushel. E de acordo com analistas de mercado ouvidos pelo NA esse foi um fator positivo para a formação dos preços da soja no Brasil, junto com os prêmios e câmbio.
No intervalo dos últimos cinco meses, o maior valor registrado para o contrato foi de US$ 10,61, enquanto o menor ficou em US$ 9,48. Paralelamente, os prêmios também ajudaram e bateram, para a posição maio, 64 centavos de dólar sobre os valores praticados em Chicago. Se adicionado o prêmio em Paranaguá, a máxima foi de US$ 10,86 e a mínima de US$ 9,54. No gráfico abaixo, a diferença entre as duas linhas mostra o diferencial promovido pelo prêmio, além de refletir que no final do período analisado, a diferença aumentou, mostrando a elevação desses prêmios. E, ao se observar os preços mais os prêmios, o mercado do contrato MAIO não caiu abaixo dos US$ 9,50 nos últimos meses.
Portanto, no Brasil, o andamento dos negócio foi expressivamente influenciado pelo valor do dólar frente ao real, que registrou, no mesmo período, uma máxima de R$ 3,29 e mínima de R$ 2,57. E foi essa volatilidade que acabou, ainda de acordo com analistas, limitando um avanço mais expressivos da cotações no mercado brasileiro. Nesta sexta, a moeda norte-americana terminou a sessão com uma leve alta de 0,18%, mas abaixo dos R$ 3,00 pelo segundo dia consecutivo - R$ 2,9981. E, na semana, a divisa conseguiu garantir alta de 0,49%.
E assim, nesta sexta-feira, ainda influenciado pelo dólar e por uma referência menor em Chicago, as cotações da soja nos portos fecharam a semana com um recuo bastante significativo. Em Paranaguá, a baixa foi de 3,94%, com o preço da oleaginosa disponível passando de R$ 68,50 para R$ 65,80. Em Rio Grande, a cotação perdeu 4,32% para R$ 66,50, contra R$ 69,50 da última segunda-feira (11), e o valor para a soja da safra nova, entrega em maio/16, caiu de R$ 73,00 para R$ 71,50, acumulando uma baixa de 2,05% na semana.
"A falta de suporte na CBOT, combinada ao câmbio momentaneamente mais frouxo, voltou a derrubar os preços domésticos nesta última semana. Com isso entendemos que se estabelece novo momento dos vendedores optarem pela cautela nas suas negociações", explica Flávio França Jr., sobre o andamento da comercialização no Brasil. Ainda de acordo com o consultor, há cerca de 35% da safra brasileira para ser comercializada, e o momento, para ele, é de uma espera por algumas melhores oportunidades que podem vir a surgir adiante, principalmente em função das oscilações do clima nos EUA.
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