Soja amplia baixas em Chicago nesta 3ª, mas alta do dólar mantém preços no Brasil
Os preços da soja vem intensificando suas baixas na tarde desta terça-feira (17) na Bolsa de Chicago. Por volta de 12h30 (horário de Brasília), os principais vencimentos trabalhavam com baixas de pouco mais de 8 pontos e os contratos se mostravam abaixo da linha dos US$ 9,70 por bushel.
Para o consultor de mercado Steve Cachia, da Cerealpar, os últimos movimentos de Chicago não surpreendem e refletem uma pressão sazonal ainda de baixa que há sobre o mercado internacional de grãos nesse momento, além da conclusão da safra da América do Sul e da transferência da demanda dos EUA para o produto sulamericano.
Além disso, um dólar mais forte frente ao real e demais moedas emergentes também limitam altas na CBOT, já que tornam o produto norte-americano menos competitivo.
Para Cachia, essa pouca movimentação e fraca volatilidade das cotações no quadro internacional devem se estender até meados de abril ou até que o mercado conte com novas informações que possam alavancar os negócios. E as novidades mais esperadas nesse momento são as trazem as primeiras projeções oficiais para a área de plantio nos EUA na temporada 2015/16.
O consultor acredita que o país deverá apresentar um aumento na área da oleaginosa entre 2 e 4%. "Eu acho que o produtor americano vai preferir aumentar um pouco a área de soja e diminuir a de milho em função da relação de preços entre os dois", diz.
No Brasil, com o dólar trabalhando perto de R$ 3,27 nesta terça, os preços da soja nos portos ainda mantinham bons níveis e, em Paranagá, por exemplo, seguiam trabalhando com R$ 71,50 por saca com entrega em abril/15.
Veja a íntegra da entrevista de Steve Cachia:
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