Soja: Demanda dá suporte e preços exibem ganhos de mais de 20 pts em Chicago
Ao longo dos negócios desta terça-feira (3), os futuros da soja voltaram a registrar fortes altas na Bolsa de Chicago (CBOT). Por volta das 13h31 (horário de Brasília), as principais posições da oleaginosa exibiam valorizações entre 20,50 e 22,50 pontos. O vencimento março/15 era cotado a US$ 9,77 por bushel, após ter encerrado pregão anterior a US$ 9,82 por bushel.
Depois de cinco pregões consecutivos, as cotações futuras esboçam uma recuperação e registram ganhos de dois dígitos no mercado internacional. Segundo o analista de mercado da Jefferies, Vinícius Ito, a forte demanda pelo grão norte-americano na exportação, tem dado suporte aos preços da oleaginosa.
Frente aos preços mais baixos, os investidores retornaram à ponta compradora do mercado. "Além da China, temos outros países na Ásia, que começam a aparecer nos relatórios de inspeção para exportação. Temos o Egito, Bangladesh, Filipinas, Vietnã, entre outros, comprando a soja, pois o line-up no Brasil ainda é baixo e a oferta da Argentina é pequena, o que tem expandido o programa de exportação nos EUA", explica Ito.
Nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou que, na semana encerrada no dia 29 de janeiro, os embarques somaram 1.697,852 milhão de toneladas do grão. Na semana anterior, o volume ficou em 1.544,809 milhão de toneladas e no mesmo período do ano passado, em 1.191,357 milhão de toneladas.
No total acumulado nesta temporada, as exportações norte-americanas totalizam 45 milhões de toneladas, contra 48,2 milhões de toneladas estimadas pelo departamento norte-americano. "Os embarques de exportação física está em nível recorde, temos 37,5 milhões de toneladas já embarcadas, versus 31,5 milhões de toneladas no ano passado. O número representa um aumento de 19% e corresponde a 77,8% da projeção para essa temporada. E o ano comercial só termina em agosto, temos, no total, vendidas 45 milhões de toneladas, quase 94% do estimado", diz o analista.
Diante desse cenário, Ito acredita que o USDA terá que revisar a projeção para as exportações norte-americanas nos próximos relatórios. "É provável que o número chegue a 51 milhões de toneladas, com isso, os estoques que são estimados ao redor de 11 milhões de toneladas, cairiam para 8 milhões de toneladas. Ainda é considerado o número confortável, porém, é menor do que o previsto inicialmente", ressalta.
Nos últimos dias, a falta de notícias no mercado e as informações do andamento da colheita da soja no Brasil, contribuíram para pressionar as cotações do grão, conforme os dados do noticiário internacional. Ainda nesta segunda-feira, o mercado tentou romper o patamar de US$ 9,50 por bushel, mas voltou a se sustentar. "O mercado pode estar perto das mínimas e pode voltar a subir para testar novas resistências e é aí que podem estar as oportunidades para o produtor brasileiro", disse o consultor em agronegócio, Ênio Fernandes.
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Dalzir Vitoria Uberlândia - MG
Quando cai é porque a DEMANDA caÍU!!!!!!demanda não acontece assim num estalar de dedos!!!!hoje aumenta a demanda..amanhã cai..deviamos escrever menos bobagens...