Ações da China e iuan caem após tarifas de Trump maiores do que o esperado
Por Jiaxing Li e Rae Wee
HONG KONG (Reuters) - O iuan caiu para o seu nível mais baixo em sete semanas e os mercados de ações chineses recuaram nesta quinta-feira, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgou uma série de tarifas recíprocas que foram particularmente pesadas para a China e seus principais parceiros comerciais.
Embora os investidores tenham se preparado para essas tarifas ao longo da última semana, as últimas medidas de Washington acabaram sendo mais agressivas do que o esperado.
As importações chinesas serão afetadas por tarifas de 34%, além dos 20% impostos anteriormente por Trump, elevando o novo imposto total para 54%. Os países da cadeia de oferta China foram os mais atingidos, com Vietnã, Camboja e Laos recebendo tarifas entre 46% e 49%, respectivamente.
No fechamento, o índice de Xangai teve queda de 0,24%, enquanto o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 0,59% e atingiu o nível mais baixo em dois meses. O índice Hang Seng, de Hong Kong, caiu 1,52%.
"O aumento das tarifas foi maior do que a maioria dos participantes do mercado estava esperando, portanto, a reação inicial do mercado provavelmente será a continuação da aversão ao risco", disse Lynn Song, economista-chefe do ING para a Grande China.
Analistas disseram que estão avaliando a intenção da China de defender o iuan, para indicar o quanto ela está interessada em conter o contágio nos mercados emergentes e negociar com Trump.
O iuan onshore encerrou a sessão doméstica em 7,3043 por dólar, o fechamento mais fraco desde 12 de fevereiro. O iuan offshore atingiu uma nova mínima de um mês.
Os principais bancos estatais da China teriam comprado iuanes, e o Banco do Povo da China definiu a taxa do ponto médio, em torno da qual permite que o iuan seja negociado, acima das estimativas do mercado, em um sinal de que pretende conter a depreciação.
A moeda já perdeu a maior parte de seus ganhos acumulados no ano durante o mês passado, apesar dos esforços do banco central para mantê-la estável por meio de mudanças em seus índices de referência diários.
. Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 2,77%, a 34.735 pontos.
. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 1,52%, a 22.849 pontos.
. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,24%, a 3.342 pontos.
. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,59%, a 3.861 pontos.
. Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,76%, a 2.486 pontos.
. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,08%, a 21.298 pontos.
. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,30%, a 3.942 pontos.
. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,94%, a 7.859 pontos.
(Reportagem de Jiaxing Li, Summer Zhen e Vidya Ranganathan; gráfico de Kripa Jayaram)
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