Presidente do BC do Japão promete aumentar juros se pressões inflacionárias se ampliarem
Por Leika Kihara
TÓQUIO (Reuters) - O Banco do Japão precisa elevar a taxa de juros se os aumentos persistentes nos custos dos alimentos levarem a uma inflação generalizada, disse o presidente do banco central, Kazuo Ueda, nesta quarta-feira, sinalizando a determinação de continuar a retirar o apoio monetário.
Ueda disse que a recente inflação "muito alta" do Japão foi impulsionada principalmente por fatores temporários, como o aumento dos custos de importação e dos preços dos alimentos, que provavelmente se dissiparão e, portanto, não são motivo para apertar a política monetária.
Mas há uma chance de que aumentos sustentados nos custos dos alimentos possam elevar os preços de outros bens e serviços, disse ele.
"Se tais movimentos levarem a uma inflação generalizada em toda a economia, devemos reagir aumentando a taxa de juros", disse Ueda ao Parlamento.
Ueda também disse que o Banco do Japão tomará "medidas mais fortes" para reduzir o apoio monetário se a inflação ultrapassar suas projeções, sinalizando a possibilidade de aumentar os juros mais cedo ou de forma mais agressiva do que o inicialmente esperado.
O núcleo da inflação ao consumidor do Japão atingiu 3,0% em fevereiro e tem ficado acima da meta do banco central por quase três anos, com os recentes aumentos impulsionados, em grande parte, por avanços constantes nos preços dos alimentos.
O Banco do Japão enfatizou a necessidade de se concentrar na inflação subjacente, ou seja, na tendência de preços de longo prazo que elimina o efeito de fatores temporários, ao decidir o momento e o ritmo de novos aumentos dos juros.
Ueda disse que a inflação subjacente, que o banco central determina por meio da análise de vários indicadores, está se aproximando, mas permanece "um pouco" abaixo de 2%.
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