PIB dos EUA é revisado ligeiramente para cima no 2º tri; pedidos de auxílio-desemprego sobem
WASHINGTON (Reuters) - A economia dos Estados Unidos cresceu um pouco mais rápido do que o calculado inicialmente no segundo trimestre, elevando o nível do Produto Interno Bruto acima do seu pico pré-pandemia, com enormes estímulos fiscais e vacinações contra a Covid-19 impulsionando os gastos.
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 6,6% em taxa anualizada, informou o Departamento de Comércio nesta quinta-feira em sua segunda estimativa de crescimento do PIB para o trimestre de abril a junho. O índice foi revisado para cima em relação ao ritmo de expansão de 6,5% divulgado em julho.
Economistas consultados pela Reuters esperavam um crescimento de 6,7% no segundo trimestre.
A economia cresceu a uma taxa de 6,3% no primeiro trimestre, recuperando as perdas acentuadas sofridas durante os dois meses de recessão da pandemia.
As revisões para cima do crescimento do PIB do último trimestre refletiram um ritmo de gastos do consumidor muito mais robusto do que o inicialmente estimado. O governo desembolsou cheques de estímulo a algumas famílias norte-americanas de média e baixa renda durante o trimestre.
O Federal Reserve manteve sua postura de política monetária ultraflexível, mantendo a taxa de juros em níveis historicamente baixos e impulsionando os preços do mercado de ações.
Os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da economia dos EUA, também aumentaram com a vacinação, que alimentou a demanda por serviços como viagens aéreas, hospedagem em hotéis, restaurantes e entretenimento.
Mas a força parece ter perdido impulso no início do terceiro trimestre em meio a um ressurgimento de novas infecções por Covid-19 causadas pela variante Delta.
Relatório separado do Departamento do Trabalho, divulgado nesta quinta-feira, mostrou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram 4 mil, para um número com ajuste sazonal de 353 mil na semana encerrada em 21 de agosto. Economistas consultados pela Reuters previam 350 mil novos pedidos para a última semana.
Pelo menos 25 Estados liderados por governadores republicanos retiraram os programas de auxílio a desempregados financiado pelo governo federal, incluindo um benefício de 300 dólares semanais, que as empresas afirmam estar incentivando os norte-americanos desempregados a permanecer em casa.
Não há, entretanto, evidências de que a retirada antecipada dos benefícios tenha levado a um aumento nas contratações nesses Estados. Os auxílios governamentais expirarão em 6 de setembro.
"Os dados do mercado de trabalho e outros indicadores não mostram nenhum efeito claro até agora", disse Peter McCrory, economista do JPMorgan em Nova York. "O choque negativo da demanda decorrente dessa perda de receita pode levar à perda de empregos."
(Por Lucia Mutikani)
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